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segunda-feira, 7 de julho de 2014

A bela da tarde

Não vem ao caso
dizer se 
"A Bela da Tarde"
é o melhor ou apenas um dos dois
ou três melhores filmes 
do espanhol Luis Buñuel.

Seria impossível,
porque se trata de um autor
tão diversificado,
tão amplo em suas preocupações,
tão inovador e sempre tão insolente
que fica difícil destacar 
um momento de sua obra contra outro.

Mas aqui entra Catherine Deneuve.
Uma espécie de loura hitchcockiana.
(fria na aparência, ardente no íntimo), elevada à quarta potência.

No filme, ela é fria com o marido,

mas ardente
com os homens, quase sempre animalescos,
que encontra no bordel
que costuma frequentar.
E o marido é aquele tipo de rapaz
que toda mãe 
gostaria de ter por genro.

O que vemos em cena é um sonho,

pode-se alegar.
Mas, por outro lado, talvez o desejo não saiba
distinguir sonhos e realidade.
Ou ainda é possível que sejam a
 mesma coisa.
O certo é que o desejo é um território
de obscuridade, 
que não pode ser delimitado previamente.

"A Bela da Tarde" tem um parentesco

certo com a história
de "A Bela e a Fera",
de que talvez seja a mais adequada
versão para os anos 1960.
Era uma década que gostava de si mesma;
a liberdade não queria mais ser um fantasma.
mas algo real,
claro,
tudo isso também era uma forma de sonho.
A bela photo vem por isso..
A BELEZA
FAZ DE VC..minha bela da tarde...