Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os meus olhos

E por qual razão nós conseguimos
fazer fotos assim...
"O Segredo dos meus Olhos"
foi um prêmio mais do que justo
para mim ver uma arvore assim.
O melhor de tudo é que estava
no meu caminho..
comigo, agora é minha...
Adoro arvores..adoro flores..
E digo isso com lágrimas nos olhos
porque sou envolvido com esta arvore...
e com todas belas fotos... 
Começaria perguntando o seguinte:
a arte deve ser fotografica?
Não...ou Sim
Muitas vezes isso atrapalha.
E mesmo quando o for,
deve ir além desse lero-lero 
de auto retratos que esprima algum 
"Segredo dos Seus Olhos"
que só eles vêem...
A arte, tomando conta de nosso olhar....
a arte acaba sempre assim nos absorvendo..
saimos do banal como a vida das pessoas no dia dia, na realidade:
arranjos pragmáticos de violência e interesses.
Quando  vc se diz abençoado por algo
que diz respeito a arte....
faz mais do que isso, fica real e sincero(a)
Lembremos que  tudo é eterno na fotografia,
poderá ser confundido com a lata de lixo
na história, mas será sempre algo belo pra vc...
sempre.
Algumas obsessões..ou obstinações,
valem a pena, e na fotografia
é uma delas no meu entender...
Há uma  força do jovem que está no ato
de emprestar ao que capta coisas de humanos..
até ancestrais na beleza no encantamento,
desprendimento, coragem
e futuro desencantamento...tb
Contar histórias, onde o olhar da câmera
deve estar no lugar da voz.
O conteúdo deve se alimentar de questões eternas, por isso, melhor não se alimentar de temas morais  ou políticos, quando for apenas bom entretenimento.
E deve falar à alma...
Muitos de nossos futuros  artistas e cineastas vêm da elite econômica (fazem fotografia e cinema que demanda muito dinheiro e disponibilidade de tempo),
e
muitas vezes são torturados com falsos dramas de consciência justamente porque são membros da elite.
Como se devessem se redimir
do que são, dando voz apenas aos pobres, bandidos e miseráveis do país.
Ai...aí vem a repetição: Nordeste, fome, miséria, bandido (como se só por ser bandido,
alguém fosse necessariamente vítima de alguma forma de injustiça),
quando na realidade muitos bandidos
o são porque são maus mesmo,
ditadura (essa, então, no cinema, é uma enorme indústria de vítimas bem-sucedidas), favela.
E daí, nós recomeçamos:
Nordeste, fome, miséria, bandido, ditadura, favela... Nordeste, fome...
Voltemos a Shakespeare, Dostoiévski, Machado de Assis, deixemos Foucault, Glauber e Bourdieu
"dormirem" um pouco no formol,
para ver se eles sobrevivem ao tempo.
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