Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

Rebel

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domingo, 16 de março de 2014

Rebel, Rebel.

Minha razão.. 
Minha emoção..
Ah....
como a vida seria
leve 
se não tivéssemos 
consciência,
de que a vida um dia acaba..
Pior é saber que há..
Há ou
Haverá sempre..
O dia antes do Fim..
Enquanto penso, 
nessas 
tolices,
que muitos 
resvalam 
com indiferença, 
Meu cão...comprido marrom
da cabeça ao rabo, tristes ou alegre..
mexendo a  cabeça...e o rabo.
Pouco a pouco 
se se senta 
na varanda..
compondo,
fazendo-se paisagem em casa, 
e orgulhoso..
anda sozinho aqui e lá,
sabe o que quer.
Nesta tarde de março,
num determinado 
ponto do universo, onde moro...

Não há como ele,
não tem..
nem a lua,
nem a flor
O sol banha seu pelo...
deixo só..
no tapete..persa.. 
porque nada
é imundo
para o meu cão.
Oh fera
preguiçoso,
e alheio,
pelo de veludo,
certamente não há mistérios,
seus..
talvez acredite, Eu não...sei..
Ele não fala a minha língua... 
Talvez não sabe quem sou eu..

Mas é meu cão..
 Eu sou Rebel..
 Meus fantasmas
 não são os mesmos 
 que os seus..
 Sempre me acompanham 
e me fazem refletirem, 
sobre o sentido da vida, 
vivo eu, neste mundo.
Que minha cobertura é linda, 
não preciso dizer, 
mas, além disso,
há paz..
é especial
soa a campainha da porta...
Nem eu sei onde ele se esconde.
Há uma porta de grade de ferro,

antes da porta.
que os seus..
Sempre me acompanham 
e me fazem refletirem, 
sobre o sentido da vida, 
vivo eu, neste mundo.
E às vezes, olhando meu cão dormir 
no tapete da sala, 
lembro que para ele,
a morte não existe, 
como existe para nós, gente. 
Cão é mortal, mas não sabe, 
logo é imortal. 
A morte, no caso dele, 
é apenas um acidente..um dia...
só existirá quando acontecer, 
sem que ele saiba 
o que está acontecendo.
Algo que o invejo. 
Já pensou como a vida seria leve 
se não tivéssemos consciência 
de que a vida acaba...
Seria como viver para sempre, 
tal como ocorre com meu cão..
E enquanto penso essas tolices, me cão levanta, vem até mim 
e começa algo..
está pedindo comida..
sabe muito bem que necessita comer e que quem lhe providencia a comida sou eu.
A verdade é que vivemos os dois
aqui..
neste apartamento...
cheio de livros, 
quadros fotos..
paisagens..

móveis antigos..