Minha
razão..
Minha
emoção..
Ah....
como
a vida seria
leve
se
não tivéssemos
consciência,
de
que a vida um dia acaba..
Pior
é saber que há..
Há
ou
Haverá
sempre..
O
dia antes do Fim..
Enquanto
penso,
nessas
tolices,
que
muitos
resvalam
com
indiferença,
Meu
cão...comprido marrom
da cabeça
ao rabo, tristes ou alegre..
mexendo
a cabeça...e o rabo.
Pouco a pouco
Pouco a pouco
se
se senta
na
varanda..
compondo,
fazendo-se paisagem em casa,
compondo,
fazendo-se paisagem em casa,
e
orgulhoso..
anda
sozinho aqui e lá,
sabe
o que quer.
Nesta
tarde de março,
num
determinado
ponto
do universo, onde moro...
Não
há como ele,
não tem..
não tem..
nem
a lua,
nem
a flor
O sol banha seu pelo...
deixo só..
O sol banha seu pelo...
deixo só..
no
tapete..persa..
porque
nada
é imundo
para o meu cão.
é imundo
para o meu cão.
Oh
fera
preguiçoso,
e alheio,
pelo de veludo,
certamente não há mistérios,
e alheio,
pelo de veludo,
certamente não há mistérios,
seus..
talvez acredite, Eu não...sei..
talvez acredite, Eu não...sei..
Ele
não fala a minha língua...
Talvez
não sabe quem sou eu..
Mas
é meu cão..
Eu
sou Rebel..
Meus
fantasmas
não
são os mesmos
que
os seus..
Sempre
me acompanham
e me fazem refletirem,
sobre o sentido da vida,
vivo eu, neste mundo.
Que minha cobertura é linda,
não preciso dizer,
mas, além disso,
há paz..
é especial
soa a campainha da porta...
Nem eu sei onde ele se esconde.
Há uma porta de grade de ferro,
antes da porta.
que
os seus..
Sempre
me acompanham
e me fazem refletirem,
sobre o sentido da vida,
vivo eu, neste mundo.
E
às vezes, olhando meu cão dormir
no
tapete da sala,
lembro
que para ele,
a
morte não existe,
como
existe para nós, gente.
Cão
é mortal, mas não sabe,
logo
é imortal.
A
morte, no caso dele,
é
apenas um acidente..um dia...
só
existirá quando acontecer,
sem
que ele saiba
o
que está acontecendo.
Algo
que o invejo.
Já
pensou como a vida seria leve
se
não tivéssemos consciência
de
que a vida acaba...
Seria
como viver para sempre,
tal
como ocorre com meu cão..
E
enquanto penso essas tolices, me cão levanta, vem até mim
e
começa algo..
está
pedindo comida..
sabe
muito bem que necessita comer e que quem lhe providencia a comida sou eu.
A
verdade é que vivemos os dois
aqui..
neste
apartamento...
cheio
de livros,
quadros
fotos..
paisagens..
móveis
antigos..