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domingo, 10 de janeiro de 2016

Uma Tarde em Iomerê.

Levantei-me,
como num aceno 
ao céu da manhã
no outubro quente..
era,
2014
perambulava 
meio da tarde, 
nos dias... 
de primavera,
na estrada,
no sitio, 
que leva 
à colina.
O tempo vira, 
vira,

nos encontra
assim,
ou o reencontro,
é um prodígio 
do quase verão, 
o sol
no amanhecer, 
é assim.
Não importa..
e hoje 
quem se importa. 
Aos 50 anos,
reencontro,
a cachoeira.
o bosque, 
o rio 

o monte...

Cheguei aqui,
e tá longe.
De 1963, 
foi um logo tempo
que dum menino,
lembro 
durante o verão,
no acolhedor 
verde da montanha, 
vislumbro de longe..
como fazia 
há mais de 50 anos,
quando
vibrava 
ao ver o sol,
se ir, 
no rápido 
momento,
e sussurrava,
diante duma verdade.
Que maravilha,
um júbilo ver
às árvores..
o céu, 
o orvalho,
na tarde.
Neste mês 
de outubro, 
lembro 
mas faz muito tempo... 
Sob o céu de Iomerê..
amanhecia assim,
entardecia assim.
A beleza aqui
se impõe,
sobre este tempo.
Eu sempre gostei 
de retratar 
um dia 
de primavera,
só meu, 
numa cidadezinha do interior,
seus diversos habitantes... 
a dona da loja de doces 
e sorvetes, 
o doido, 
o andarilho,
a praça, 
Fazem parte dos 
dias imaginários,
dos dias reais 
de pessoas comuns, 
sobretudo 
este lugar,
desde os montes, 
as
montanhas 
e até as colinas..
A igreja...
e há muitos 
outros personagens, 
a mulher 
que anda pelas ruas,
que teve muitos filhos..
carregava um bebê no colo 
e conversava com ele.
Não havia muitas crianças 
em meu tempo. 
era uma criança sapeca
em 1963, 
talvez por que a crianças,
todas eram assim,
medonhas,
mas sempre crianças,
e sejam como eu 
mesmo era, 
sempre notando nos homens 
mais ou menos
esquisitices 
e fraquezas 
do que real 
maldade 
e estupidez..
é acho que toda 
criança 
é suficientemente 
boa, 
e isso basta 
para a humanidade 
inteira.
Andando na vila 
de Iomerê,
em que nada que 
era um dia
podemos ver, 
é chego 
num velho conhecido 
que me pergunta: 
Como está tudo aí..
tudo em cima...