Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Cristal

Um algo maior 
foi perdido 
é como se
nada tem o 
poder substituí-lo.
Freud
utilizava uma 
maneira clara,
e cristalina,
ao escrever 
sobre depressão.

Ao escrever,
diz bem
que 
pensava, 
acreditava, 
sobre 
a relação, 
entre 
normalidade 
e patologia..
Escreveu,
dizia..
Freud..

UM cristal,
quando esfarela no chão,

ou
se quebra,
respeita 

os sulcos
existentes,
antes,
mas 

invisíveis
ao olho humano.

Assim, se quisermos 
entender 
a estrutura do cristal,
devemos partir 
de seu estado quebrado.
Da mesma forma,
se quisermos entender
uma estrutura psíquica
anormal,
devemos 

partir 
desta
no qual era

a normalidade
que se quebra.
Nada do que
é patológico
nos é estranho,
é como dizer
em voz alta
o que normalmente
sentimos em silêncio.
No livro...
Luto e Melancolia,
fala da melancolia
como algo interior...
é assim
como todos sentem.
Seu livro
é uma bela reflexão
sobre as relações amorosas.
Freud sabia
que o amor não
é apenas o nome
que damos para uma escolha,
é algo acima de tudo afetivo.
Ele é a base dos processos
de formação da nossa,

identidade,
interna e subjetiva.
Esta é uma maneira de dizer
que as verdadeiras relações amorosas
colocam em circulação,
dinâmicas de formação
da identidade,
já que tais relações
fornecem o modelo elementar
de laços sociais
capazes de socializar o desejo.
Isso explica
por que Freud aproxima luto
e melancolia,
ao lembrar que se tratam
de duas modalidades
de perda de objeto amado.
Um objeto de amor
foi perdido
e nada parece poder substituí-lo. 

O melancólico mostra 
sempre 
algo ausente no luto:
o rebaixamento brutal
do sentimento de autoestima.
Como se, na melancolia,
uma parte do Eu,
se voltasse contra si próprio,
através de recriminações
e acusações.
Freud ao dizer que ocorreu,
dizia
na verdade,
do Eu,
como objeto 

abandonado de amor.
Tudo se passa como
se a sombra desse objeto
fosse internalizada,
como se a melancolia 
fosse a continuação 
desesperada de um amor
que não pode lidar com 
a situação da perda.
Incapacidade,
vinda do fato 

desta perda 
do objeto amado.
coloca em questão o
próprio fundamento
da
própria
identidade.
Mais fácil mostrar que a voz
do objeto ainda permanece
através da autoacusação,

uma imersão 
patológica
no fracasso 

e no
fracassado.
Essa é uma maneira 

de dizer
que a melancolia,
ou depressão hoje,
 é o cristal
quebrado,
se mostra
uma natureza radicalmente
mudada, esfarelada,
quebrada.
mas que tem
ou está
relacionada
objeto anterior a ela,
com nossa identidade.
Conhecer tal natureza 
será sempre
a melhor forma de lidar
com desafios...
e rupturas.

Proteja seu diamante, 
deixe que coisas fluam.