Como as minhas..
Tardes com você..
produziam uma visão
ao mesmo tempo idealizada
e real da vida.
Idealizada porque existia
ali esse tipo de doçura...
que sempre queremos atribuir
a uma pessoa, essa "douce"
a que me refiro..
como uma clássica canção...
de Pepino de Capri..
Roberta...
escuta-me
E real porque de algum modo essa idealização não acontecia assim à toa.
Ali, o homem sensível..
encontra a mulher, a desejada
e imaginada,
numa praça de Pelotas..
bem era só um pouco
mais nova que eu...
Eis aí..
pessoas,
e os sentimentos.
A praça é, de certo modo,
é o orgulho da Pelotas
e aqui se encontra plenamente
justificada: ela é, no mais, algo que aproximava as
pessoas independentemente
de sua história,
de suas origens, de suas limitações.
Aproximava nós dois...
No mais, esse encontro pode comover, justamente por aproximar
pessoas muito próximas não tão entre si.
Gostei
de lembrar dela a praça
devido ao meu
êxito sentimental junto a ela..
Esse mundo, que talvez
já tenha existido pra muitos,
não é o de hoje.
As relações idílicas entre nós, o desejo de estar lá..
um dado preponderante
da nossa realidade.
Mas o desejo pode muito
bem exprimir uma
realidade profunda..
Amor e paixão..
isso.
