Aconteceu algumas vezes.
Estou quando sou invadido
pela sensação.
"Que coisa engraçada a gente aqui",
Eles ali, quietos...objetos ou seres.
Que milagre isso!"
É como se, por instantes,
eu tomasse consciência plena do aqui
e agora da fotografia.
É um pensamento..
voltar à concentração...e clic
Mas foram nesses momentos
que compreendi quase concretamente a coisa única
que é o shot..a captura.
Nossa arte de ver..de procurar
o melhor angulo..cena...
Adoro essa ideia.
Quer dizer, não creio que quem vê uma
foto pense exatamente nisso,
mas amo pensar que
a fotografia é algo que corre vivo
num fio de navalha...
que é momentos.
Temos tudo, nada combinado,
mas,
a qualquer momento,
tudo pode acontecer, até mesmo
um voo de um pássaro..
uma borboleta..
e é essa extrema atenção
e até perigo que fazem esse ritual,
De alguma maneira, há consciência
do que estamos vivendo naquele momento...
com outros seres tão importantes.
Pessoas que se encontraram.. juntas, ficam
em silêncio ou rir,
conectadas ,
unidas em emoções
e pensamentos semelhantes
provocados por algo em buscam.
com seres que não humanos estamos
é como um campo dos sonhos.
Não é incrível?
Nestes tempos tão virtuais,
com o que captamos ou escrevemos
acordamos momentaneamente do sonho
para perceber que estamos
em pleno exercício de algo
muito vivo..real.
e individual.
Para lembrarmos da aventura
e do prazer que é envolver-se
neste ritual.
da fotografia.