Num dia, qualquer, um homem e uma mulher se
encontraram.
E se amaram.
Ela achou que ele fosse o cara..
ele pensou
que ela fosse a mulher de sua vida.
Por
um período longo,
ficaram juntos e bem juntos,
fizeram juras, casamento na igreja..
sonharam
e pensaram
em projetos
para realizar
no presente e no futuro.
Tiveram uma filha..
um filho,
outra filha......
três filhos.
Importa que eles se
casaram..na igreja e juraram perante Deus...mas tudo se foi....
o casamento durou anos,
e a vida apresentou coisas boas..
muito..
então por que ou quais os motivos
o que a
vida lhes apresentou que fez
com que mudassem de ideia... rompessem.. o elo...
O fato é que num dia
após o outro,
ou noites após a outra,
o casamento foi e acabou
ou não mais conseguiu continuar,
nem mesmo..
sabemos ao certo o que aconteceu.
Não mais se conseguia
identificar
aquele homem como seu.
Aliás, perguntava a si mesma
como
pudera pensar nisso algum dia,
como conseguira permanecer tanto
tempo de olhos
tão fechados....
E imaginava o que
teria acontecido
para que aquele, que ele pensara ser
o cara de sua vida, teria mudado tanto.
O rompimento do laço..a quebra...
do que havia entre eles e com o final de tantos sonhos e
projetos em comum.
Sofreram muito ou nem tanto..
Um deles até podia disfarçar melhor sua dor...
o outro só conseguia deixar seu desgosto se exibir sem pudor.
A amargura,
porém, era dele...
Os filhos foram arrancados sem pudor..
Seguiram seus caminhos
na vida e,
sem que se dessem conta, passaram a viver criando problemas..um a outros e os filhos ao pai.
Problemas de bens..
bobagens tolas, encrencas em tudo..
disputas mil.
Em tudo.
Restaram muita mágoa
e
ressentimento aos dois.
Um até podia disfarçar melhor enquanto o outro não
conseguia se controlar,
mas o certo é que os dois reagiam um contra o outro,
mesmo e principalmente à distância.
Virou uma batalha.
Um dia era filho..outro era a filha..
Tudo era motivo para
discussões, reclamações, cara fechada.
Todos os problemas caiam sobre os três filhos deles.
Que um dia eles tiveram como projeto para o presente e para o futuro. E
que não faziam parte dos bens divididos.
Os filhos continuariam a ser dos
dois.
Para sempre.
Minha mãe é boa ou
má..talvez essa pergunta nuca existiu..
Provável que existiu..essa pergunta..
Meu pai gosta ou não gosta de mim..e outras dúvidas
menos conhecidas que ronda a na cabeça dos filhos..
quando ouviam algumas vezes, principalmente
quando ouviam as reclamações que a mãe tinha do pai...
O filho não sabiam ou se faziam que não sabiam... que não era de seu pai que a mãe reclamava,
e sim daquele que, outrora, fora seu cara..
Difícil entender
isso.
O filhos também não percebiam que
não era a mãe que reclamava do pai atual..
sim ela reclamava daquela que, outrora, foi o seu cara..o homem da sua vida.
Complexo para a vida distinguir isso..não
Num dia, ou numa noite
qualquer, talvez essa mulher possa se dar conta de que está afetando, e muito, a vida dos filhos agindo assim.
Afinal, os filhos são..não são dela..
ah, ela faz como se são só dela..
diz a eles ser sua unica coisa importante na vida,
de quem quis e de quem pode
tê-los, não é...
Ele foi só um coadjuvante..
um ser qualquer..
E talvez um dia, quem
sabe,
os filhos consigam superar
e perdoar sua mãe por isso..
porque irão entender que
eles nem sabiam o que faziam, apesar de já serem adultos
na época em que sua mãe via ainda os
filhos apenas crianças....