Ao ver 
o fim de tarde,
o fim de tarde,
tem sempre,
algo 
de cerimonial...
de cerimonial...
algo de ritual..
no meu olhar..
Mais ainda 
o crepúsculo, 
se mostra 
como algo 
que se vai..
A minha inspiração 
hoje, 
tudo gira 
em torno 
do crepúsculo. 
Ou, melhor, 
se lembra 
de algo que acaba...
o fim, 
o amargo da vida.
Do maravilhoso 
pôr do sol.... 
quando vejo...
de modo pontual..
é possível...
extrair o belo 
e bonito..
..
O fim de tarde
O fim de tarde
pode-se 
extrair 
o lado 
mais 
sombrio 
da vida,
podemos sentir 
ser devorado 
pelo sentimento 
da 
melancolia...
que 
a todos acomete. 
na vida
se faz
necessário..
repensar
o cotidiano
para que possamos,
ver melhor
o fim de tarde.
O sentido 
do que 
fazemos,
ou a total 
falta de 
sentido...
do que 
fazemos.
Não basta 
achar que
devemos
vencer 
sempre..
A derrota
vem também..
e isso nos
ensina 
a humildade,
e a
humildade 
é sempre
imbatível.
Humildade nada
tem a
ver com
humilhação,
mas,
ao contrário,
humildade
fala 
da consciência,
de que somos
efêmeros
como o vento.
E só como
efêmeros,
que
podemos 
 perceber a
dádiva
que é respirar.
Há um modo
misterioso 
de como é a
vida,
se você está
disposto 
a ouvi-la.
Tem algo
que 
se torna
nostálgico...
também.
Meus olhos
Meu destino..
Entre uma alma
triste
e
uma rotina
vazia,
Não é falta
de escolha.
é sim a
tristeza.
que te leva a
pensar diferente,
no fim..quando o
sol 
se vai lá no
morro,
ou somos
tomados 
pela
escuridão...
Penso no
número 
enorme de
pessoas.
 que jamais levantam 
seus olhos..
num
fim de tarde.
Aprendemos que a
vida
não é
necessariamente bela
e
que tentar negar
isso é uma
forma de
permanecer
na fantasia.
No fundo de
nossa alma habitam.
idéias
que se mantêm em silêncio...
O escuro
profundo,que sobrevém.
ao fim de
tarde, 
esta
ai chamando-me..
e o silêncio
também,
Céus assim
são tão significativos
e profundos,
não há..lua
ou estrelas lá
para alegrarmos
e muito
menos o sol..
SE
Há algo que nos chama..
através
de seus olhos, 
algo
que te diz...
e o
TEU 
e
o meu destino?
Mentes que
avistam
e pensam o distante,
nunca
se calam 
diante
disso...
São
como...
palavras
silenciosas,
que nunca
serão ouvidas,
mas
lá estão cravadas na rocha...
Como
eu posso ver através de meus olhos..
posso
sentir..
Assim
eu apenas me deixo 
levar
pelas palavras,
através
da noite que vem...
Elas
apenas surgem 
na
superfície da pedra, 
mostrando algo..
sei de que
dizem,
não de como
chegou ali... 
Quantas
vezes apenas suportamos 
nosso choro,
sofrendo no fundo
da alma,
é a solidão...
diante de toda
incerteza.. 
É um horror...
E pensar
que há seres,
estamos a
amá-los,
quando não
sentem nada parecido,
 em sua
vida com amor...
seres
consumistas, hedonistas etc..
e mais,
são apenas um
incômodo,
algo como aqueles
pequenos
seres intrusos
em sua vida...
nos molestam.
mas são
insignificantes. 
Quantos homens
sente-se sufocados
diante da
certeza de que já vivem uma vida sem amor,
sem afeto e sem
desejo,
mas isso é tudo
que suportam
silenciosamente.
Quantos filhos
não  sofrem 
e se sentem
indiferentes
para com o
destino dos pais..
dos
outros..seres proximos..
Eu escrevendo,
 estou tentando
convencer a mim mesmo,
de que o amor
pelo pai*no dia dos pais, 
seria o certo,
do bem
e nunca uma
obrigação..
Eu sei que há os
que desejam... 
mas que nada
conseguem,
além de desejar
vê-los mortos
e assim se
sentirem livres finalmente.
Entre as funções
da civilização,
uma,
é a tentativa de
calar..idéias más,
criando ritos,
rituais, festas para celebrar a frágil vitória dessas criaturas 
deformadas,
atormentadas
pelo completo
desinteresse pela vida.
A verdade que
aos seres do mal, 
é que não há
como civilizá-las,
a não ser
ensiná-las 
que eles não têm
lugar
no mundo dos
vivos
e que, por
isso, 
devem sucumbir..
à rotina da infelicidade 
da
vida.
Aqui há
uma tentativa 
de um
entendimento 
e
reflexão, num mundo 
que se desenha
insano...
No fim de
tarde 
há algo,
diante dos
olhos  
que cria um
cenário..
ou
um  tempo amargo
e também 
paradisíaco...
que se
desenha 
em nosso olhar
a cada crepúsculo
Hoje falo 
do amargo
da vida
