escrever é habito,
antes de esquecer..
Acordar
repetindo um sonho...
pra não
deixá-lo fugir.
Quando
estou assim,
às vezes
me vem na cabeça
a melodia
de alguma música.
Sem perceber,
começo a cantarolar
o verso
e ele sempre
traduz no que
estou sentindo
Ai..ontem,
Voltando pra casa,
sábado de sol
maravilhoso,
um fim de tarde,
que eu adoro,
ao ar livre, sol na pele,
no corpo sentindo
o movimento.
Pois bem, eu faço..isso..
Como é que se fala de uma coisa que,
ao mesmo tempo, sei que não vai ter solução,
não vai voltar atrás,
que não adianta reclamar...
Uma rua especial.
tem uma pracinha gostosa,
no fim
e um rio logo eucaliptos,
só com casas doutro lado
e asfalto lisinho,
com uma inclinação suave o suficiente
para ser perfeita para andar de bike.
É, eu ando de bike ainda.
Mas só nessa pracinha.
Perto de casa, sol gostoso, poucos carros passando, nossa...
minha bike no estilo "masters",
digamos.
Significa que não
faço manobras arriscadas,
nem piruetas, nem derrapagens.
Não tenho mais idade, físico,
pernas nem dedicação para tanto.
O vento no rosto, o asfalto passando
embaixo dos pés, o corpo em perfeita
harmonia com a bike. ..
tem no fim da rua. .
Ai, estou triste demais.
Com a cidade, com a vida,
com a lembrança horrível
de quando uma vez,
criança, eu perguntei para
a minha mãe
o que eram aquelas notícias
no jornal e ela disse:
"É que o mundo é assim, filho,
vai ficando a cada dia pior".
Passei a vida tentando
não concordar com isso.
E envelheço.
Tenho 30 anos e descubro que
não posso mais andar de skate
num sábado ensolarado,
na pracinha do bairro.
E choro.
Acho que ainda sou criança.
Tanta porrada na vida e ainda choro,
ainda lamento, ainda sento
aqui pra escrever sobre isso.
Tentar gritar.
Hoje, uma pichação também ajudou.
Dizia "flor do meu sertão
é tão luminosa e colorida",
como as pichações dos anos 70, 80,
no tempo dos hippie, que diziam coisas.
E a música veio.. a mente..
"Adeus, vou-me embora, pracinha,
fulô do meu coração.
Eu voltarei qualquer dia,
é só chover no sertão".
sei lá...
fico assim..me dá
surpresa quando olho,
para trás
mas eu gosto de analisar,
que o Brasil..
conseguiu...
muito pouco até hoje..
Tudo não soa como um sucesso,
como o governo do PT
em reduzir desigualdades..
Diria rindo.
Quando eu tinha 18 ou 19 anos,
eu estava em Curitiba
em Pleno Regime Militar,
ou Ditadura dizem alguns,
eu não experimentei a loucura
de contestar o regime,
e aquilo tudo.,
era demais para mim,
melhor colégio,
ouvia bandas em lojas de musica
porque eu era um garoto que
tinha sonhos
e que me vinha do nada.
do meu lugar e
era uma cidadezinha,
do interior de Santa Catarina,
e no meio do nada..
no Brasil,
em termos de lojas,
filmes e lojas de musica..
de repente,
ouvia tudo muito fácil
não me tornei,
mas já era a fã
daquelas imensas
estrelas do rock..
Pink Floyd.
Led Zeppelin,
Beatles,
Credence,
o Cranberrries,
eis alguns,
Naquela época não
havia muitas outras bandas,
mas tudo e poucos, naquela época
era ótimo ouvir com amigos
no colégio Bom Jesus de Curitiba..
Nada nada prepara você para isso...
foi um salto no escuro...
e uma afirmação de
quem era perdedor.
Eu próprio posso reconhecer..
sei reconhece que, no final,
era meu próprio sonho,
se realizando..
Eu estava realmente onde queria..
estudando
e ouvindo boas músicas
sei reconhece que, no final,
era meu próprio sonho,
se realizando..
Eu estava realmente onde queria..
estudando
e ouvindo boas músicas
vendo filmes
e não sofrendo com
e não sofrendo com
aquela situação,
vexatória em minha
vexatória em minha
casa do meus pais
apesar de ser aquariano,
parecia um peixe fora..
de um aquário, por poucos anos.
Eu fiquei assim...
no começo dos anos 60.
Começar..de novo,
meu pai era de uma família
na zona rural de
Pinheiro Preto perto
de Tangará,
de onde saímos para
morar em Iomerê em 1963,
muito mais que ajudou
apesar de ser aquariano,
parecia um peixe fora..
de um aquário, por poucos anos.
Eu fiquei assim...
no começo dos anos 60.
Começar..de novo,
meu pai era de uma família
na zona rural de
Pinheiro Preto perto
de Tangará,
de onde saímos para
morar em Iomerê em 1963,
muito mais que ajudou
a me recuperar
da pobreza vivida até alí.
da pobreza vivida até alí.
Em Iomerê,
com outro ambiente..
Foi um recomeço
Eu comecei a trazer meu cérebro
de volta à realidade dos anos 60..
lembro,
mas por muitos anos eu ainda
permaneci com esse
com outro ambiente..
Foi um recomeço
Eu comecei a trazer meu cérebro
de volta à realidade dos anos 60..
lembro,
mas por muitos anos eu ainda
permaneci com esse
muro ao meu redor.
Não não
quero mostrar
nada além do meus
Não não
quero mostrar
nada além do meus
verdadeiros sentimentos,
não queria que as pessoas
não queria que as pessoas
vissem isso,
mas sei que
que eu também tinha minhas
fraquezas e problemas,
mas sei que
que eu também tinha minhas
fraquezas e problemas,
como tudo mundo.
As vezes perdemos,
Perdemos a vontade,
ficamos indiferentes..
entediados...
cheios de tudo..
Se perde a volúpia ou
Perdemos a vontade,
ficamos indiferentes..
entediados...
cheios de tudo..
Se perde a volúpia ou
a fome de coisas novas,
a empolgação...
apenas dá um tempo,
fica a fazer outras coisas..
Sentimos falta
deixar a criatividade fluir..
as energias...
voltar a estar mais
animado e empolgado..
de novo..
Foto Rebel.
a empolgação...
apenas dá um tempo,
fica a fazer outras coisas..
Sentimos falta
deixar a criatividade fluir..
as energias...
voltar a estar mais
animado e empolgado..
de novo..