já
não
vem.
não
vem.
Na
Ribeira
Ribeira
Na
Videira
Videira
Na
Beira
Beira
Do
Rio.
Rio.
...
Abundantes
Abundantes
águas
límpidas
límpidas
já
não
correm
sobre
pedras
pedras
no
lugar
lugar
onde
era a Vila,
era a Vila,
Rio
das Pedras,
das Pedras,
Muitas
águas
passaram
desde
desde
que
quando as vi
quando as vi
pela
primeira vez
primeira vez
em
Pinheiro Preto
Pinheiro Preto
na
Vila Bressan.
Vila Bressan.
E
hoje,
enquanto
fazia,
fazia,
a
caminhada
vi
o
que todos viam,
O
Rio do Peixe
já
não tem mais
que todos viam,
O
Rio do Peixe
já
não tem mais
águas
límpidas,
Nem
a
companhia
do
trem...
E
agora
o Rio
Poluído,
Poluído,
sem
apito
nem
buzina
apito
nem
buzina
sem
o
ruído
do trem.
É
o trem
que
que
não
mais
vem
vem
É
como
uma ferida
como
uma ferida
no
coração
da cidade.
que mudou
desde
o dia
coração
da cidade.
que mudou
desde
o dia
que
cansaram
de mim.
Pela primeira
cansaram
de mim.
Pela primeira
vez
senti tua falta,
Lembrei
do alto apito,
senti tua falta,
Lembrei
do alto apito,
os
sons
das rodas,
nos trilhos
das rodas,
nos trilhos
do
trem,
no
mais
ligeiro
passo
ligeiro
passo
caminhei
pela
estrada.
Minha
pernas
pela
estrada.
Minha
pernas
movem-se
entre
os trilhos,
entre
os trilhos,
pedras
e
dormentes
dormentes
nas
frias
marcas
do
trem
que não vem.
Só nossos corações
que não vem.
Só nossos corações
não
envelheceram
O incerto viajar,
O incerto viajar,
virou
num
certo
não viajar.
Muitas mentes
não viajar.
Muitas mentes
vagueiam
agora
pelos
trilhos
frios
e
pelas
quietas
águas poluídas,
Junto ao rio,
águas poluídas,
Junto ao rio,
Ribeira
Videira
Beira
Do
rio.
Nunca mais
Nunca mais
existirão
o terno
o terno
olhar
do homem,
do homem,
nem
num
dia
que
despertares,
e descobrires
que
despertares,
e descobrires
que
trens
já não vem
simplesmente
se foram.
Nunca mais.
já não vem
simplesmente
se foram.
Nunca mais.