Looking Iomerê

Apenas

observo

Iomerê
do alto, 

na 
companhia
do ruído 

incessante

do vento

frio,

e
vendo ali 

em frente 

o meu 
território

afetivo.

Aqui,

ninguém 

controla 
nada.

Sempre 

existiram 

montanhas, 
matas
e colinas aqui.
Nem sempre 
existiram 
pessoas
aqui.

Você 

não tem 

controle 

sobre 

sua 

história,

um dia

ela 

começa 

e 

um

dia. 

ela

termina.

As montanhas 

já existiam

quando tudo 

começou

e serão quase

eternas

e

ninguém 

será 

aqui mais 

significante 

que as montanhas.

...

Tudo 

que nasce 

morre..

assim 

é como

a 
história 
começa 
ou 
termina 
aqui.
O hoje 
já 
não será 
amanhã. 

...

E toda 

flor 

volta

a terra 

um dia...

Gosto
de pensar,

olhando 
para
as montanhas, 

e imaginar,
como 

era aqui,

o lugar,

na 

sua 

origem.

...
Cada
passo 
que 
dou
a cidade 
fica 
mais perto...
Nem tudo é 
previsível 
aqui
exceto
apenas 
a jornada do sol,
as fases da lua, 
as estações do ano
e a chegada 
das flores.

..
Movendo a cabeça
para norte 
e sul, leste oeste,
Iomerê 
é logo ali,
as montanhas 
emocionantes
e indutoras 
de reflexão
são logo ali.
Tantas 
vezes já
retornei 
a cidade.

A Iomerê existe 
na mente 
de cada um
Na minha mente
é de algo 
criado lentamente
durante
estes anos,
e que cada momento 

como 
fotógrafo amador,

revejo
muita coisa
de que conheço
formado 
por 
imagens antigas, 

lugares antigos, 

e assim
lugares
solitários, 
como que 
abandonados,

num arquivo 
fotográfico,
Há os
Lugares que 
ainda
existem  
realmente 
está tudo ali 
em frente
só ali agora
mas tudo
de Iomerê falam
dos resquícios..

os lugares

esquecidos, 
os lugares novos
estão ali
pelo caminho..
Na cidade além 
das montanhas verdes,
restam
o Juvenato, 

o antigo
seminário,
o antigo 
hospital
e abaixo
da igreja inaugurada 
em 1953,
a  antiga
praça deu lugar  
a uma nova 
em 2012.

...

Eu aqui sempre 

tenho  tempo...

uso o

tempo para 

escrever 

mais. 

Escrevo 

apenas 

sobre 

como o

tempo 

mudou tudo,

tem passado

muitas coisas 

em minha mente

ultimamente,

todas essas coisas,

surgindo 

e 

desaparecendo

como sombras

e muitas existem sob 

o sol mas

que não deveriam 

existir..

Enquanto 

via 

o nascer 

do sol,

no caminho 

de Iomerê,
e
diante
do sol
da 
natureza abundante, 

pensava

ainda não

tenho tudo 

aqui, 
e nem

tudo perdi 
e 
tenho muito,
que eu pedi.