Vendo
"O Circo"
filme que Chaplin
fez em 1927,
sinto que não é como todos
os filmes de circo feitos...
Mas ele é como nenhum
deles seria capaz
de criar sequências como
aquela em que Carlitos,
palhaço, se faz passar
por equilibrista,
só para encantar a garota do circo,
namorada de Rex,
o equilibrista de fato.
Ele se paramenta todo de Rex,
faz pose de Rex,
e toma algumas providências
extras para não se esborrachar, é verdade,
e sobe atrevido na corda bamba.
Mas um homem não
pode afinal ser senão quem é,
feio ou bonito,
forte ou fraco,
amado ou não.
Não é coisa simples:
para descobrir quem é,
todo homem tem
que andar na corda bamba.
Chaplin pode ser sentimental,
mas de bobo não tem nada.