De repente as coisas não precisam
mais fazer sentido.
Satisfaço-me em ser.
Tu és?
Tenho certeza que sim.
O não sentido das coisas me
faz ter um sorriso de complacência.
De certo tudo deve estar sendo o que é...
Ligo-me a esta ausência vital
e
rejuveneço-me toda, ao mesmo tempo contida e total.
O dia corre lá fora à toa
e há abismos de silêncios em mim....
(Clarice Lispector)