LUZ DA NOITE

Impaciente..
atormentado,
inquieto,
inconformado 
com o mundo,
caminho,
dentro da noite, 
onde tudo parece trevas, 
duas estrias de luz,
num eclipse,
se faz escuro,
do carro que passa,
lâmpadas escassas..
atraem besouros 
e mariposas,
meu olhar,
naqueles dois focos retangulares de luz...
a oportunidade de contemplar..
luzes, sombras,
a iluminar o lado escuro da cidade,

no espaço inteiro
ando até na manhã na minha  Cidade,
em vigília..
a vida ao relento, sentindo vento,
não paro,
estar acordado é prever,
logo,
vou... 
ouvir o badalar dos sinos da cidade,
Faz uma neblina,
já na  espessa e luminosa..
manhã fria, 
chaminés  a vista na Beira Rio.. 
nascente o sol,
a fumaça, faz uma exaltação,
da "pujante indústria da cidade", 
Mas serve, ainda, para iluminar,
o dia ainda escuro,
em meio a exemplos de outros estados e países.
Aqui se concentra, 
e ao mundo todo se mostra, 
todo um mundo real ou imaginário, 
de crenças,
de ideais, 
de esperanças, 
de vontades, 
de esforços, 
de lutas, 
de obstáculos, 
de complacência, 
de incertezas, 
de sacrifícios,
de dores, 
de reações,
de alegrias 
e de vitórias. 
Amigos,  a cidade diz:
entrai aqui e testemunhai.
Um canteiro de flores,
na praça...
os mendigos nos bancos...
Lá..
vejo a manhã, 
como se pertencessem ao amanhã.
aqui minhas  elucubrações líricas.