A umidade na larga varanda..
A claridade é pouca,
O céu enegrecido
O ruído estridente dos
pingos que caem
pingos que caem
Se misturam,
Som da chuva
e do vento,
Som da chuva
e do vento,
Vento que às vezes sopra forte,
vira ventania...por minutos
vira ventania...por minutos
como um anúncio de temporal...
Chove forte
como que desperta a alma
como que desperta a alma
No chão da varanda,
A cuia e a bomba.
A cuia e a bomba.
Junto
me dou conta que sou um
homem mais acostumado
me dou conta que sou um
homem mais acostumado
as tardes mirando
o horizonte avermelhado
o horizonte avermelhado
com o dourado do
Sol,
Como que envaidecido
sempre ali sou um cara
que permanece imóvel,
sempre ali sou um cara
que permanece imóvel,
mas passado os momentos,
sinto diante o que se anunciava,
a chuva e o vento..
tudo foi breve
Logo vejo... ser só uma chuva
que foi embora
num tempo breve
sinto diante o que se anunciava,
a chuva e o vento..
tudo foi breve
Logo vejo... ser só uma chuva
que foi embora
num tempo breve
e
lentamente,
olho para as paredes nuas
lentamente,
olho para as paredes nuas
na minha pequena cobertura....
Muita coisa passa na minha mente
Sou um homem solitário...
diante do tempo bravio..
ou mesmo quando que se acalma...
diante do tempo bravio..
ou mesmo quando que se acalma...
Chega ao momento que,
os ruídos da chuva já cessaram...
os ruídos da chuva já cessaram...
Sinto na já escura tarde,
que o temporal já passou longe
que o temporal já passou longe
Pego a cuia e começo a degustar.
O chimarrão
O chimarrão
o mate e a bomba
que me arde a boca.
que me arde a boca.
A cobertura no alto para a rua
da cidade Catarina.
Muita coisa passa na mente do que já
acontecera na vida..
Olhar do ALTO no horizonte..
trazem saudades do lugar em que
nasci
mas foi onde cresci habituei
a olhar para longe,
a olhar para longe,
e olhar sempre para mais longe.
Tenho sempre esta
A CADA DIA,
uma perspectiva,
A CADA DIA,
uma perspectiva,
quase cruel.
Já não há o pasto verde,
do tempo do interior
Não há mais...
MUITO DO
QUE HAVIA NA FAZENDA
há apenas prédios
do tempo do interior
Não há mais...
MUITO DO
QUE HAVIA NA FAZENDA
há apenas prédios
ruas e avenidas molhadas da chuva da tarde.
Olho o horizonte
o Sol, afinal,
hoje não foi de forma, comum.
Assim encaro meu fim de tarde
hoje não foi de forma, comum.
Assim encaro meu fim de tarde
A surpresa,
A VASTIDÃO DA ESCURIDÃO
NO HORIZONTE..
agora sem temporal.
A VASTIDÃO DA ESCURIDÃO
NO HORIZONTE..
agora sem temporal.