quarta-feira, 15 de julho de 2020
Um mundo em que a natureza, o silêncio e o espaço são caros
Excessos todos tem..
Sapatos, roupas etc..
Temos mais..muitos mais coisas,
do que podemos vir a precisar..
Há os que nada tem..
e há os que tem demais..
Ai é que sente-se
que tudo está dividido,
entre os milhões abaixo
da linha da miséria,
que não têm nada,
e os que têm.
Mas todos sonham com algo mais..
abundância...talvez.
Falo dos que têm,
mas isso inclui os que sonham,
em ter o mínimo
e, depois, bastante.
Upa...uma epidemia!
Muita tralha ou muita
coisa inútil...
excessos de tudo.
temos demais de tudo.
livros,
quadros nunca é demais..
Sapatos...roupas..
não precisava de tantos.
E roupa de cama?
Quem não tem mais
do que precisa..
Estou falando de lares
de classe média
e até de lares milionários.
A acumulação,
pessoas de estilo,
de recursos mais modestos.
meias,
sapatos
e
chinelos
demais,
mas será que podemos vir
a precisar na próxima década.
Colecionadores...não..
Colecionar é outra coisa
é ter para ter,
e não para usar.
E para que tantas..
coisas que nunca usamos..
É preciso pra mim
não muita força de vontade,
para relembrar..o tempo
a memória do tempo,
em que havia somente
o necessário.
Juntando, agimos
como se amanhã,
não fosse haver mais.
e ai com espaços
empanturrados,
em casa
e
no escritório.
Algo insólito,
ficamos perdidos,
com isso tudo.
então..
ordenar os objetos
dar espaços.
Casas são cada vez
menores,
espaços idem
e bens são cada
vez mais abundantes.
Vivemos num mundo
em que os bens, ocupam
os lugares que nos
são mais caros.
O silêncio
o espaço da natureza..
terrível...
Se não consumirmos,
desempregamos.
comprar, comprar..
as fábricas têm que
continuar a produzir,
senão os empregados
não poderão consumir,
o que os outros
estão produzindo.
É um círculo vicioso sem fim.
Ou será que algum ser sabe
onde devemos parar.
A fortuna
ou será da nossa pobreza
O consumismo tem
este lado sombrio.
Tudo tão difícil...
O destino do não perecível,
se tornou objeto de estudos.. por ora me ocupa.