Se você acha que é estressado,
considere o caso da morsa
do Ártico...
este animal do Ártico.
Enquanto seu hábitat de gelo marinho encolhe, as criaturas ficam cada vez mais amontoadas, o que faz a adrenalina e a ansiedade aumentarem a níveis perigosos.
Os ânimos se exaltaram em uma colônia no Alasca, e 131 morsas foram esmagadas em um tropel aterrorizado.
As morsas não são as únicas a reagir exageradamente ao estresse.
Seja em um ecossistema em mudança ou um mercado de trabalho que desmorona,
os animais são programados para lutar ou fugir, conforme substâncias químicas do cérebro e hormônios reagem a ameaças reais ou imaginárias.
Infelizmente, os humanos têm um talento para exagerar as reações diante se situações imaginárias.
“Os seres humanos às vezes pensam demais, vendo ameaças fantasmas em sua rua, sua casa, cada reunião de equipe ou baile de colégio”. O risco, é que a reação ao estresse, tão eficaz em uma fuga repentina de um tigre dente-de-sabre, torna-se prejudicial se nunca se descontrair. Como ratos de laboratório apinhados em gaiolas, os humanos ansiosos correm o risco de desenvolver padrões de pensamento compulsivos e problemas físicos.
Alguns desses padrões compulsivos persistem durante o sono.
Com a recessão econômica, dentistas americanos notam um aumento concomitante do bruxismo (ranger de dentes), atividade muscular subconsciente relacionada ao estresse.
A maioria dos rangedores de dentes não nota o problema até que um dente se fragmenta.
Mais uma vez, a culpa está tanto em nossos ancestrais primordiais quanto em nosso sistema financeiro moderno.
“O estresse, seja real ou imaginário, faz que os hormônios de fuga ou luta sejam liberados no corpo”.
“Esses hormônios do estresse mobilizam energia e causam atividade isométrica, que é o movimento muscular —porque essa energia acumulada tem de ser liberada de alguma maneira.”Com ou sem recessão, algumas pessoas que rangem os dentes podem ter sido “programadas para se preocupar” desde o nascimento.
Uma experiência, conhecida como Baby 19, chamou sua atenção desde o início.
Era nervosa e temerosa e se perturbava com qualquer tipo de mudança, fossem novos sons, visões ou pessoas. Como muitos outros bebês hiper-reativos do estudo,
Baby 19 se transformou em uma jovem tensa, com uma sensação constante de catástrofe iminente.
Exames de imagens do cérebro dessas pessoas revelam hiperatividade na amígdala, o centro do cérebro relacionado às reações primitivas de lutar ou fugir, como se poderia suspeitar.
A boa notícia é que podemos desfazer os padrões compulsivos persistentes.
Ao contrário das morsas estressadas do Alasca, alguns dos sujeitos hiper-reativos estudados se beneficiaram da terapia cognitiva, que reorientou seus padrões de pensamento para longe do medo e da ansiedade constantes.
“As lutas internas me incomodaram durante anos”, disse um deles, com a sábia idade de 13 anos, “até que consegui simplesmente relaxar e me acalmar”.