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sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Subway.

("Subway") à frente...
é um restaurante em Foz..
fiquei por momentos
na frente pensando..
quando vinha de Itaipu...
com meus filhos
e ali foi o ponto de chegada
na volta...
para almoçar.

Isso lhe permitiu..
horas de boa comida
e tempo de convívio
com meus filhos..
torrar dezenas de minutos
numa convivência afetiva
que envolveu minha estada
em Foz do Iguaçu..
até um caríssimo sorvete
na fábrica de sorvete ao lado
que minha filha reclamou..
do preço...
do Milk Shake..

era só passar por uma área do anexo
e lá estava todo os tipos de sorvetes..
uma área em torno da fabrica*nome da sorveteria..
cheia de meninas e meninos..
numa das mais centrais de Foz.
E tanto exagero para quê? 
o preço do sorvete..
O local que junto aos filhos passei belos momentos...
me serviu para relembrar
e agora contar a história de..
tinha apenas três  a quatro anos
quando senti que tinha um pai.
E aos sete quando mudei de cidade
passei  confrontá-lo mais e meio caminho 
para detestá-lo.
Aos 87 anos que meu pai tem,
eu como filho...
sou inexistente...
a tal ponto que minha mente 
volta-se
para o passado
com a serenidade 
em que é algo envelhecido
no tempo
a tentar 
emprestar algo 
ao  meu olhar
de hoje,
do mundo...
algo bom da nosso convivência.
Durante muito anos,
já não falo com meu pai.
Ele era muito próximo
de seus amigos,
mas pouco de nós..
era violento 
e frequentemente batia 
em nós*tinha outros irmãos..
tb hoje ausentes de minha vida
e não perguntava nada a ele....
não tínhamos um diálogo,
que tenho com meus filhos..
ao menos até os sete anos.
"Cresci sozinho e em silêncio", 
hoje  estou com um fiapo de ressentimento 
e  de
de tristeza
em mente deste convívio.
"Quando fui visita-lo a ultima vez,
há alguns anos,
e tinha em mente todos estes anos...
que eu não convivi amistosamente 
e pensei oque podia oferecer a ele...
neste momento.
Nada.
Foi com ele que me fez redescobrir 
a história da minha família...
hoje uma caricatura de bom convívio..
Me refiro a algo que estou escrevendo,
que chega às livrarias um dia ou web já está aqui .
É..eu acho que será uma mina de informações,
diria uma senhora
minha vizinha...
que me contou que quando menina,
viveu em internatos,
sob o cuidado de tutores.
Foi também isso que me disse..
ao tomar contato com meu trabalho de fotografia..
pois foi no seu jardim que fui assaltado...
foi ela que acariciou
minha cabeça no momento que estava 
"transtornado" com a descoberta da violência em minha vida...
aos 50..
embora aos 7 era outro tipo de violência 
as duas insuportáveis...
Fatos estes que me inspiraram.
É que a história de minha vida em Iomerê..
Pinheiro Preto..
Claro que ainda não almejo mais o seu perdão..
perdoá-lo já fiz
que é sair do lugar comum do ressentimento,
que estamos...
foi isso que pensei no abraço
da velhinha do lado de casa
no dia do assalto..
é mesmo daquelas fatos 
que dariam um filme.
..ou um bom livro
Por isso que escrever sempre
me seduziu de tal modo..
escrever "me excita".
Sobre o pai de Antonio...
e suas desventuras como pai
sei fizeram com que, 
em parte da infância, como
não vivesse intensamente 
como filho..
mas achei que estava  oculta...
relembro agora escrevendo..
era um menino "pálido, magro,
e loiro".

Ao saber que sua
saúde anda frágil, foi em 2011
que meu pai em sua casa..
Já pensei em...fazer algo pela vida dele, 
mais que visitá-lo
com todas as minhas forças, 
mas penso  mais que devo sobrar alguma
 para para lutar pela minha mente antes de tudo...
haverá
um dia..
inevitável.
Vem daí um momento até de que
me tocará na solidão..
em certa medida,
a resistência em reconhecer seu legado.
Vi sua vida despencar em varias
ou muitas vezes.. 
pela primeira vez, quando tinha 4 anos...
teve uma doença chamada tifo.
Foi tanta emoção que nem
me lembro mais do que senti,
recordo.
Por volta dos 30 anos, 
já com a minha própria família construída
e a memória do pai assentada em que
a vida me abriu
sempre vejo ela com uma bela perspectiva e,
claro, passei a programar os meus momentos... 
cada vez únicos.
Por fim, lá no subway da mente,
consegui pensar e agora escrever sobre ele.
E falar. "Não o tenho visto..
não o vi nos últimos tempos"..
Muito trabalho,
viagens
e um certa atribulação
e violência que conheci...
na vida real
e nas águas de Itaipu...
mas lá tudo e beleza embora a estrela é a   água
que jorra incessante e com tanta força
e violência no vertedouro..
assim como na foto

Sou, como vocês,
espectador de muito da  minha vida
e de
"ITAIPU
E AGORA AQUI
EM CASA VENDO
E REFLETINDO 
O QUE HOUVE
NA MINHA VIDA "
a VIDA É COMO UM 
filme
acompanha os devaneios amorosos..
os encontros e desencontros
A UNIÃO E  A SEPARAÇÃO,
no cenário quase único..
e as vezes fizemos uma ponte...
com o passado.
Mas cada pessoa guarda sua história 
com apenas um esqueleto,
enquanto desdobra vai reconstruindo  as partes..
como um cirurgia que reconstrói um corpo despedaçado 
na vivência afetiva do tem uma parte de introjeções 
e projeções mentais e visuais
em que se entrelaçam fragmentos da nossa vida 
com aversões,
subversões e encantamentos... 
O resultado permanece difícil, desigual em muitos momentos, 
mas ainda guarda intactos instantes de intensa vida interior e no interior, 
que nos ajudam a lembrar que  a vida também imita a  arte 
e  pode ter e ser poesia, 
em vez da linguagem linear e previsível ela é cíclica,
onde tudo se repete
assim que vejo que se tornou...
comum na internet hoje e por onde eu ando lendo..
como a eterna associação de amor e ódio
ou como 
os clichês tão comum,
do cinema e do romantismo.