A vida
é repleta
de passagens,
de passagens,
portas,
porteiras,
porteiras,
tempo
lá atrás,
lá atrás,
ano de 1972,
em Curitiba
ainda
ainda
me perguntava...
numa destas passagens,
numa destas passagens,
como na poesia de
T. S Elliot,
o poeta inglês
o poeta inglês
mas nascido
no Estados Unidos...
no Estados Unidos...
em seu famoso
The Waste Land (1922)
Que farei agora...
Que farei..
Que faremos amanhã...
Que faremos jamais..
Ou sobreviverá alguém..
Já sabia ali,
naquele canto do mundo...
Lá longe em Curitiba...
que tudo é incerto,
as vezes
é tudo uma miragem..
é tudo uma miragem..
Mas hoje penso nas ruas,
nos amigos...
na praça..
na praça..
nada de Iomerê,
se
perdeu neste tempo,
perdeu neste tempo,
mudou sim
a praça,
as casas,
as
pessoas..
recentemente,
recentemente,
perdi professores
amigos
e colegas
e colegas
de Frei Evaristo,
que eram
de Iomerê,
de Iomerê,
e a cidade
continua sendo bela.
continua sendo bela.
perdi professores
amigos e colegas
do Colégio Bom Jesus que eram
de Curitiba
e a cidade continua sendo bela.
perdi professores
amigos e colegas
da faculdade de Medicina,
que eram de Pelotas,
e a cidade continua
sendo bela.
sendo bela.
que é a de hoje.
Tudo passa,
tem coisas
tem coisas
que sempre
ficam na
ficam na
memória de cada um,
e a memória minha
é igual de cada um...