Escrever,
Eis algo que usamos
para passar nosso
jeito de ser
jeito de ser
e olhar o mundo,
um jeito
de dar voz
de dar voz
para o que cada
uma foto
que fiz
que fiz
de Iomerê..
e suas
lindas ruas e
montanhas.
e suas
lindas ruas e
montanhas.
meu olhar..
permanente,
fotos
são algo
perene,
sempre,
persigo
alguma permanência,
em
um mundo
onde tudo
se dissolve...
onde há liberdade e poesia,
que a vida urbana
teima em exterminar.
As bases desse universo
habitam dos limites
esmaecidos
entre Tangará
minha cidade natal
e Videira uma quase
metrópole
que
tem proximidade
com
Pinheiro Preto.
Se enraíza nesse passado,
na realidade da infância.
Imaginar nosso passado
é uma construção mental,
e tem a cidade real...Bela exuberante
Uma realidade me
serve de contraponto ao passado..
nunca abandonado.
Impossível que essas ruas
não me lembrem algo
e não se reflita no que escrevo.
Uma poesia
não pode
ignorar o
o histórico,
humano
Sim,
sinto essa necessidade imperiosa de ser..
de estar em sintonia com o mundo real contemporâneo.
Escrever..
por um sentimento..bem-estar...
neste canto do mundo. E foi num dia
já com o sol se pondo..
uma viagem pelos lugares
onde já me excitava desde minha infância
E quando me perguntei...
junto a grama verde
na antiga escada
do seminário,
nossa temos
tem ainda a palavra que
considero
a mais linda na língua portuguesa...
Saudade...
mas a
realidade
pulsa cada
instante aqui..
numa rua de Iomerê.