...
Anos
depois,
Encontro
o CIC...
Meus
filhos
estudaram
no Colégio,
A felicidade de muitos está
em ter estudado ali..
Muitos foram felizes ali.
Hoje dois
deles
moram no
exterior
estudam e
trabalham
no Reino Unido.
Não,
o fato de
não estudar
aqui,
não me
me impediu
de ser feliz.
Mas como meus filhos
muitos mais felizes,
por terem
o bom convívio educacional
e
cultural no
Colégio CIC de Videira
Em 1972 quando
iria fazer Videira
o segundo grau,
depois do ginasial
em Iomerê,
parti para Curitiba.
Lá vi o que er bonde
na rua Luis Xavier
e que era vermelho.
Curitiba em 1972
tinha 300 mil habitantes
Uma música
dos mutantes
de 1968,
tão luminosa e colorida,
como a vida
dos anos 60 e 70.
O tempo dos hippies,
E a música
veio..
à mente..
"Adeus, vou-me
embora,
pracinha,
fulô do meu coração.
Eu voltarei qualquer dia,
é só
chover no sertão".
Sei lá...
fico assim..
me dá
surpresa
quando olho,
para trás
mas gosto de analisar,
coisas reais e sonhos,
sim era
meu sonho estudar no CIC,
Quando tinha 16 anos,
estava em Curitiba
em
Pleno Regime Militar,
ou Ditadura
dizem alguns,
mas não experimentei
a loucura
de
contestar o regime,
e aquilo tudo.,
era demais
para mim,
Estudava no
melhor colégio,
ouvia bandas em
discos recentes,
cinemas,
lojas de músicas
era um garoto,
tinha sonhos
que inexistiam
a possibiliddes
de realizá-los,
no meu lugar,
uma cidadezinha,
do interior
de Santa Catarina,
mas de repente
estava ali,
no meio de tudo
em Curitiba...
no Brasil,
Imensas possiblidades
em termos de lojas,
filmes e
lojas de música..
de repente,
ouvia tudo muito fácil
não me tornei,
mas já era a fã
daquelas imensas
estrelas do rock..
Pink Floyd.
Led Zeppelin,
Beatles,
Credence,
Bob Dylan
eis alguns,
Naquela época
havia muitas
outras bandas,
mas tudo era um sonho
e poucos,
naquela época
podiam conhecer
era
ótimo ouvir
com amigos
no colégio
Bom Jesus de Curitiba..
Nada
nada prepara você para isso...
foi um salto no escuro...
e uma afirmação de
quem não era perdedor
mas queria ser vencedor.
Eu próprio posso reconhecer..
sei reconhecer que,
no final,
era meu próprio sonho,
se realizando..
Eu estava realmente
onde queria..
estudando muito,
ouvindo boas músicas
vendo filmes
e não sofrendo
com aquela situação,
de repressão usual
na casa dos pais,
apesar de ser
aquariano,
em Iomerê
que era distrito de Videira,
parecia um peixe fora..
de um aquário,
por poucos anos.
Eu fiquei assim...
no começo
dos anos 60.
Começar...
de novo,
meu pai
era
de
uma família
na zona rural de
Pinheiro Preto
e minha mãe
era de uma família
de Italianos nascidos
em Enego Itália,
moravam
na zona rural
em São Marcos
perto
de Tangará
Moramos até
1963,
na
Vila Bresan,
Pinheiro Preto,
de
onde saímos
para
morar em Iomerê
Mudanças
e
muito mais ajudaram
a família
a recuperar
da pobreza material
vivida até alí.
Em Iomerê,
com outro ambiente..
Foi um recomeço
Eu comecei
a trazer meu cérebro
de volta à realidade
luminosa e colorida
dos anos 60..
Lembro,
que
perdi
esse
muro ao meu redor
de ser do interior,
por fora
e por dentro,
me libertei
do fantasma
escondido.
Nada além
dos meus
verdadeiros sentimentos,
não queria que
as pessoas vissem isso,
mas sei que
que também tinha minhas
fraquezas e problemas,
como tudo mundo.
Ás vezes perdemos...
Perdemos a vontade,
ficamos indiferentes..
entediados...
cheios de tudo..
perde-se a fome
de coisas novas,
apenas
dá um tempo,
ficamos
a fazer ou pensar
em
outras coisas..
Sentimos falta
de desafios.
E como antídoto
O novo e
a empolgação...
É só
deixar
a criatividade fluir..
as energias...
voltar a estar
mais animado
e empolgado..
de novo...
Foi assim
Curitiba em 1972.
Hoje divido
o tempo
entre
Videira
e Iomerê.
...
Fotos
Minha
família
em
1957
na
Vila
Bressan.
E
estou
no
colo
de
minha
mãe.
Rebel....