lembrei
de
vez,
os hippies.
de
vez,
os hippies.
que
inventaram,
no fim
dos anos
anos 50
e
começo
dos
anos 60,
um novo
modo de
viver...inventaram,
no fim
dos anos
anos 50
e
começo
dos
anos 60,
um novo
modo de
Aquelas ruas
Aquelas tardes,
em Iomerê.
Quem
não
ousa,
Quem
não
arrisca,
não
faz
nada
não
tem
nada.
...
Esta ai
minha
paisagem preferida
desde os
anos 60.
...
Esta ai
minha
paisagem preferida
desde os
anos 60.
...
Entender
tudo que
surgiu,
nos 1960
nos permite
fazer
releituras
de que
surge hoje.
Vivi
em
Iomerê
os anos
1960,
em
Iomerê
os anos
1960,
Hoje me
parece
que
a era do
sexo,
droga
e rock n’
roll, foi
um tempo bom.
Muitos não um tempo bom.
se consolam
até hoje, de
ter perdido
a festa
a festa
porque não
tinham
nascido
nascido
ou porque eram
chatos demais
chatos demais
por isso acham
que todo o mundo
que todo o mundo
pegava todo o mundo
e se divertiam loucamente.
De qualquer forma,
lembrei outra vez,
os hippies.
lembrei outra vez,
os hippies.
Inventaram, sim,
um novo modo de
viver,
uma maneira original
de estar no mundo.
um novo modo de
viver,
uma maneira original
de estar no mundo.
Encantamentos, um despertar
da atenção e, enfim, uma disposição
à errância e à liberdade.
Os grandes testemunhas da época
não foram os teóricos ou os
programáticos,
mas os poetas.
da atenção e, enfim, uma disposição
à errância e à liberdade.
Os grandes testemunhas da época
não foram os teóricos ou os
programáticos,
mas os poetas.
O espírito dos anos 1960,
basta ler hoje,
para sentir a tal maneira
diferente de estar no mundo.
Nietzsche se confirma hoje com o sentimento social dominante que parece ser ressentimento.
A revolucionária liberdade
hoje está atrelada à esperança
de uma revanche..
os de baixo se mudarão para o andar de cima.
basta ler hoje,
para sentir a tal maneira
diferente de estar no mundo.
Nietzsche se confirma hoje com o sentimento social dominante que parece ser ressentimento.
A revolucionária liberdade
hoje está atrelada à esperança
de uma revanche..
os de baixo se mudarão para o andar de cima.
Que
tal se a verdadeira revolução
pouco tivesse a ver com uma revanche, mas consistisse em cada um descobrir
as condições de realizar
quem ele é?
Nesse caso, de fato,
a desigualdade se tornaria
apenas uma forma possível de diferença.
pouco tivesse a ver com uma revanche, mas consistisse em cada um descobrir
as condições de realizar
quem ele é?
Nesse caso, de fato,
a desigualdade se tornaria
apenas uma forma possível de diferença.
Sonhando: para isso acontecer, precisaria que, primeiro, acabássemos com
todas as formas de miséria que são impeditivas da vida concreta.
Mas,
se isso acontecer um dia, talvez a gente se lembre que os anos 1960 sonharam
com uma igualdade maior do que a igualdade econômica e maior do que a
igualdade perante a lei.
Os anos 1960 sonharam com a igualdade na possibilidade de cada um seguir o seu desejo.
A pergunta que fica: a miséria existencial dos padrões de vida burguesa seria amenizada se houvesse maior igualdade dos princípios humanitários básicos?
Ou a composição do prazer e da felicidade é necessariamente atrelada ao fato de um individualismo excludente?
A desgraceira dos miseráveis, aliada ao pedantismo e pieguice da elite desta terra de espalhafatos, que eleva a capacidade e o status de intelectuais europeus e americanos....
Os anos 1960 sonharam com a igualdade na possibilidade de cada um seguir o seu desejo.
A pergunta que fica: a miséria existencial dos padrões de vida burguesa seria amenizada se houvesse maior igualdade dos princípios humanitários básicos?
Ou a composição do prazer e da felicidade é necessariamente atrelada ao fato de um individualismo excludente?
A desgraceira dos miseráveis, aliada ao pedantismo e pieguice da elite desta terra de espalhafatos, que eleva a capacidade e o status de intelectuais europeus e americanos....
A
desigualdade precisa sempre ser implicitamente acompanhada da não-miséria.
De outra forma, o jogo fica absolutamente...desigual,no sentido de que o miserável sequer cogita triunfar.
Desiguais, diferentes, mola-mestra do desejo singular de cada ser humano.
A indiferença é que transfigura o "sapiens".
E a turba dos iguais ideologicamente falando, seja para que lado for, é o abismo inescapável.
De outra forma, o jogo fica absolutamente...desigual,no sentido de que o miserável sequer cogita triunfar.
Desiguais, diferentes, mola-mestra do desejo singular de cada ser humano.
A indiferença é que transfigura o "sapiens".
E a turba dos iguais ideologicamente falando, seja para que lado for, é o abismo inescapável.
Há hoje
muita circulação de ideias, mas ao mesmo tempo, criação generalizada de guetos ideológicos, culturais e sociais, que por sua vez,
intensificam velhos ressentimentos e novos rancores.
Talvez um 'salto quântico' evolutivo, quimérico, utópico, possa resolver a questão do abismo e conflito entre os dessemelhantes
que na verdade são iguais em sua humanidade.
muita circulação de ideias, mas ao mesmo tempo, criação generalizada de guetos ideológicos, culturais e sociais, que por sua vez,
intensificam velhos ressentimentos e novos rancores.
Talvez um 'salto quântico' evolutivo, quimérico, utópico, possa resolver a questão do abismo e conflito entre os dessemelhantes
que na verdade são iguais em sua humanidade.