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quinta-feira, 19 de março de 2020

The Plague

...
Albert Camus, 
em 
1947, 
no 
grande 
romance 
A Peste..
leva 
a reflexão
relacionada 
à natureza 
do destino 
e à
condição 
humana..
Diz....
Houve no 
mundo tantas 
pestes 
quanto guerras. 
E, contudo, 
as pestes, 
como as 
guerras, 
encontram 
sempre 
as pessoas 
igualmente 
desprevenidas.
O MUNDO 
está diante 
de uma 
peste globalizada, 
cuja velocidade 
de contágio, 
sem precedentes, 
é inversamente 
proporcional 
à lentidão da política 
e do direito. 
A aceleração do trânsito 
de pessoas 
e de mercadorias 
reduz os intervalos 
entre os fenômenos 
patológicos de grande 
extensão em número 
de casos graves e de países 
atingidos, ditos pandemias. 
Assim, tratar a pandemia 
gripal em curso 
como um 
espetáculo pontual 
é um grande equívoco. 
As pandemias vieram para ficar 
e suscitam ao menos dois debates estruturais: 
as disfunções 
dos sistemas de saúde pública 
dos países em desenvolvimento 
e a inoperância 
da Organização Mundial 
da Saúde (OMS). 
Agora temos os mais atingidos 
pela doença e a deplorável 
desigualdade econômica 
mundial distribui também 
desigualmente o 
peso das urgências sanitárias. 
Os pobres portam 
o fardo mais pesado, 
eis que a pandemia gripal 
vem juntar-se a outras 
doenças endêmicas, 
como paludismo, 
tuberculose e dengue, 
cuja subsistência 
deve-se às adversas 
condições de trabalho 
e de vida, 
sobretudo em grandes 
aglomerações urbanas, 
não raro em condições de habitação promíscuas, numa rotina 
que favorecem largamente 
a contaminação. 
Coibir reuniões públicas 
e aglomerações é preciso. 
A pandemia pode trazer, 
ainda, a estigmatização 
de grupos 
de risco ou de estrangeiros, 
favorecendo 
a cultura 
da 
insegurança, 
pois 
o medo 
é tão 
contagioso 
quanto 
a doença.