...
Família
em 1963 significava..
Pai, mãe,
E família era
irmãos
e
irmãs..
Domingo
tinha
macarronada e churrasco comprado
no Bar do
Raulinho
Paganini,
depois de ouvir
um papo
do pessoal
ali
que bebia
pinga,
mas não
sem
o antes
ir
a missa
das 8 horas
com
o Padre Albino Donnà
ou Padre
Luís Gemelli.
Tinha
muitos
Padres e Freiras
Cléricos,
estudantes
e noviços que desciam
do seminário
e Juvenato.
Em 1963
havia os Irmãos
do Santíssimo
uma ordem católica de Iomerê..
formada por pessoas da comunidade,
que durante na missa
circulavam pelo
meio bancos da
igreja Matriz e depois que
que passavam estes homens ficam na frente próximos ao altar.
Eram essencialmente homens com
uma vestimenta ou
capa
vermelha que cobria o
o tronco que
e durante
a missa ficavam junto ao altar.
Em 1963
tinham
a ordem das
irmãs de Maria
que eram mulheres,
usavam
uma vestimenta
ou
capa branca que cobria
todo tronco e situavam junto ao altar em frente aos bancis
durante a missa.
Lembro
de
ver
o Sr. Tadeu Pelle
integrante
dos Irmãos
do Santíssimo
na missa
passava durante no corredor
entre os bancos
para
recolher
a oferenda
em
dinheiro
ou
esmola
num
saco
vermelho
de pano,
na extremidade
de
um
bastão
de madeira.
onde
preso balançava durante a missa
com o vil metal
ou papel dentro.
Até parece
que foi ontem.
O almoço
de domingo
a multidão
passava
na praça,
quando
saia da missa.
Domingo depois da
missa
os bares
do
hotel do
Comelli,
Barulho
e
Paganini,
ficavam cheios
do pessoal da
colonia que vinham na missa
com seu burros e cavalos
haviam poucos
que tinham carros,
quando tinha eram Jeep
e Jeep
Rural igual
como meu pai
tinha uma
azul.
Agora
posso
dizer..
é daqui,
ou
de lá
que vim
e
para aqui..
ou lá
que vou..
Agora,
não
estou
no mundo
virtual,
mas
um
mundo real,
longe
de alguns
ingratos
sei
e vejo
aqui
uma real
maioria
de gratos
e
humanos,
mas aqui
estou
para repensar tudo.
Não é nenhuma
fantasia,
é minha vida real.
O lugar longe,
não é,
não,
nem de difícil acesso,
tem a praça,
de cara,
ai de frente
a igreja matriz,
no meio
de uma
rodovia,
no alto
à direita,
meu sitio.
Iomerê
é onde no horizonte
há
extensas colinas
..
A foto é da praça
já
nos
fim
dos
anos
60,
já com a construção
do
pavilhão
novo..
..
Uma vista
da praça
nos fim dos anos
anos
50,
Ainda
com
o
antigo
Frei Evaristo
e o
Bar do Barulho.
Agora
estou
no alto
perto da
Serraria do
Sr. Lino Mariani
não se
vê muita casa,
só
belo
é o antigo
Seminário,
no alto,
a Igreja de São Luiz,
o Juvenato,
mais que um lugar,
é um lugar que
se vê tudo
no horizonte,
de monte
de árvores
nas
colinas
hoje só há além...
o céu azul...
da tarde.
Mato..
mato,
verde..
verde
A cidade ainda
é pequena,
sempre penso,
tão pequena que
depois
de duas voltas
nas suas ruas...
já estava
ou
estou
familiarizado,
com antigamente
do tempo
do
Sr.
Pedro Penso
o Escrivão
do Pedro
o Italiano
das carroças
de
Mula
do Fiorindo
Zago.
Da cantina
do Cometa.
Loja do Mariani.
O
açougue do Panazzolo
e Letti.
Gente de minha rua
meus vizinhos..
Familia de Primitiva
e Rico Mugnol.
Família Edmundo
Hentz.
Família Colombo.
...
Mas mesmo
neste lugar
tão longínquo
descobri que
é possível
encontrar cultura,
hospitalidade
e até uma
certa
emoção.
Com certo
orgulho
que falei
com
com
um amigo..
dizia..
mas
com
um alivio,
alguns,
não
moram mais aqui...
uns se foram
outros tiveram
que ir..
...
Eu voltei,
Eu sempre volto
em Iomerê,
onde
posso ver
todas
estas
montanhas
e ainda
tenho
meu sitio
agora..
e a
linda
cachoeira.
..
A
gente vai passando
O
tempo
vai passando...
E
ao ouvirmos o som
da natureza...
e
quem se interessa pela vida
do
interior, vale lembrar,
dos
outros sons,
dos anos 60,
do
recreio
no frei Evaristo.
Relembrar,
sons
são
um
presente e tanto.
Ver
o que ocorre aqui,
tão longe da
cidade pequena de outrora,
longe
do frenesi
crescente
da
vida
moderna
mas
que aqui
atinge
aos poucos.
Em
meio a tudo,
vemos
novos
edifícios,
à
redefinição
incessante
de Iomerê
do
traçado
do século 20
ao
século 21,
suas
imagens
flagram
ainda pouca
gente
preocupada
ou
em ritmo
da
cidade
grande.
Longe
do ambivalência
pressa/permanência,
pessoas,
automóveis,
caminhões
disputando
o
mesmo
espaço...
Na
calma Iomerê...
Há
os que dariam
um
doce..
um
sorvete
para mim
degustar
na praça,
originário
do
Bar do Barulho,
ou Bar da Angelina
Comelli.
Milhões
de palavras,
mas
a
fotografia sempre
vale
por mil palavras,
e
isto
sem imaginar
dos
rumores...
sussurros,
aqui
sonegados
pela
fotografia...
Na
festa do
boneco
de
neve
na praça,
em
que
foi
na neve de
Agosto
de 1965..
No
meio do boneco
feitos
na praça
estava
o
Padre Ernesto.
Mil
sons...
gritos
e
conversas
isto
que não há
na
fotografia...
Pena....
O
tempo
na praça..
Caminhos
e carreiros
para
o
Grupo Escolar
o
Frei Evaristo
e como escrevi
a Igreja e a Missa.
Havia
um tempo
havia
grama
e terra batida
apenas...
Muita
historia
no
tempo
nunca
sonegados
pela
fotografia.
Ganha
um sorvete
no
Hotel do Comelli,
para
ouvir
o que era comum
antigamente
o
xingar do cavaleiro
aos
meninos
que
assustavam
o cavalo,
que
soltavam
suas
escretas*bosta,
em
via publica,
O
tempo que
se
deixavam
os
cavalos
amarrados
no
entorno
da praça
ao
lado do bar
do Barulho,
pra
ir a missa
ou
fazer compras.
A
conversa dos homens no bar,
na
rua era sobre se ia chover...
Um tempo
que
Pessoas
suspiravam
mil palavras
é isto,
os
rumores
e
cheiros
sempre
sonegados
pela fotografia.
Na
contramão
da imagem,
hoje
se valoriza
muito o vídeo
eu
aposto
na
valorização
da imagem
e memórias
junto
com o sonoro
da
oralidade efêmera
sempre
sufocada
pela
foto,
mas
igualmente
reveladora,
para
redescobrir
o
cotidiano da cidade.
Da
missa da Igreja...
das
crianças na praça,
o
desfile de 7 de setembro,
Costurando
andanças por ai
e
a minuciosa observação
de
coisas variadas
(memórias,
ficção, poesia),
podemos
imaginar,
rever
as muitas paisagens
que
se sucediam durante
um
dia por aqui,
acompanhando
as reações ambíguas
dos
habitantes
à
convivência entre
os
diversos
e
diversos modos
que
se expressavam...
Havia
um
personagem
curioso,
que
tocava o
sino
da matriz..
O
Chico Papudo.
Mas
só a fotografia
expressa
quais
e onde
está
a beleza natural
de
hoje em Iomerê,
das
colinas verdejantes
ao
redor da cidade
dos
contrastes,
na
vida calma
e
provinciana da cidade,
tédio
entrecortado
apenas
pelos roncos
e escapamentos da motos
e
carros
e
ainda o pique ocasional
de cada badalo do
sino,
das
explosões dos motores
dos
caminhões...
e
que infernizam a via central.
Quem
tem olhos atentos
e
ouvidos
pode...
assim
hoje,
repetir
e relembrar depois
de
perambular..na antiga Villa.
E
dizer
veja
isto....
olhe
aquilo.
Que
pouco ainda
restou
em
tudo isso,
de
hoje..
desde
os
bancos
da
praça de hoje..
Da
praça de ontem
sem
bancos,
da
terra batida
e grama
da Igreja Matriz e
a festa do padroeiro
São Luiz,
sim
era
ali onde
a vida pulsava,
onde
se
observavam
todos
os
passos,
todas as pessoas
era
onde
tudo acontecia
em 1963
em
Iomerê.
Words
Rebel.
Photos
Rebel.
Osvaldo
Mariani,