Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Memória e a Imaginação

Não importa..
Sempre há um paraíso 
perdido na infância de alguém.
Ao me perguntar seria os meus 5 anos,
na casa antiga,
da Vila Bressan,
onde corria de pé no chão,
vendo as vezes os passantes, 
de cavalo montado,
sacas de farinha que tinha  
o destinho certo das famílias.
Seria na paisagem de minha infância, 
em Iomerê, 
uma experiência mais bonita, não tenho dúvidas....
O céu lindo "azul  sem fim" , 
e lá longe, 
lá longe as colinas e montanhas, 
naqueles dias claros de verão, 
montes que se fundiam aos céus 
azuis distantes 
como se não fossem 
deste mundo." 
Esse era a Iomerê 
de um menino...7 anos".
Conheci uma Iomerê 
que poucas vezes 
foi representada.... 
em fotos..
Eu fiz parte do tempo que  a vida era uma soma de raros momentos...
em frações,
mas onde crianças podiam brincar, desenhar, fazer pilantragens e até cantar...sem influência da televisão, videogames.
Isso a apenas poucos mais de 40 anos.
Esse  tempo deveria servir de exemplo hoje. 
Mas todas essas possibilidades inexistem.
Eu sempre mantive essas recordações como algo privado. 
Apenas em minha mente existe essa criança que habitara a "linda Iomerê"...
A jornada de elaboração desse passado lindo e as vezes nem tanto atravessou toda minha vida. 
Desde que fui morar em Curitiba depois Pelotas, tornei-me um medico,  sem nunca misturar, de modo consciente ao menos, meu segredo deste tempo e minha profissão.
Foram muitas visitas a  Iomerê, 
sobretudo uma em 1987, 
que desencadearam um processo, 
longo e tortuoso, que o levou à escrita deste blog..
e fotos de "Paisagens da querida Iomerê".
e reflexões sobre a vida lá". 
Ela a memória e a imaginação, concentra, 
em um estilo único, 
quase seco, 
cinco décadas daquela vida..de hoje a vida tb. 
É uma das obras mais bem elaboradas sobre os campos..o verde..os montes, a vida lá.
O livro é este meu blog, constituído por dezenas de capítulos que são acima de tudo memórias. 
...frações ou partes de meus diários que, como são "postagens", 
relatos de sonhos, 
nos quais sempre 
eu sou,
a memória..
sempre "retorno"
 àquela Villa, 
que hoje não existe mais..
a qual o Antonio 
chegou aos 7 anos 
e que existe 
na minha memória 
da qual 
Antonio  nunca conseguiu sair...