Certa Tarde

Mudamos 

com o tempo,
mas

nós adultos sempre

retornamos a lugares 

que 

preferimos...

recordações

que temos  de 

amigos,

e lugares,

Sempre

há uma

causa principal 

de voltar,
mas ali não 
esperava voltar 
e foi tão forte, profundo 
e precoce o motivo, 
de pegar a  estrada

mas tinha que estar ali,
naquela tarde...

era de tamanho 

sofrimento,

nunca imaginara que 

pudesse ele

morrer 

antes de mim. 

Achava que

a morte respeitasse 

uma ordem cronológica.

A viagem produz inesperadas 

imagens,

outras vezes 

lembranças 

até anedotas que 

atenua 

a trágica solenidade 

de rever 

o amigo morto.

Uma mesma origem,

os mesmos céus

que sorriam,

era tempos tão iguais

e agora tempos distantes,

sentia mais,
que a vida.

se respira,

se vive,

se morre...

O caminho era 

de profunda tristeza..

lembrava tudo com simpatia, 

aquele que chamava de Sepa..

desde a porteira até a casa...

Na casa cada olhar real 

me ensina mais, 

que ouvimos...nas rezas e orações,
velas e choros de todos.
Se os sentimentos são íntimos, 
quarde-os
evitava uma emoção maior diante da emoção
dos pais e irmâos tão jovens.
Trazia em mim recordações,
afeiçoes e 
Ilusões perdidas no tempo
Refletia no ambiente como num espelho...
do que não podemos 
fugir 
os outros 
e muito mais
que nunca 
nós mesmos.
Olhos apagados pela lágrimas 
e pela desilusão...
da morte precoce e ai 

sem norte e nem sabia

se o vento era sul o norte.