Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

A história não é sempre genuína.

Cópia não é original...
A história não é sempre genuína... 
Ouvimos por ai..
A história não conta toda 
a verdade...
nenhuma história. 
Falta na história 
o que está 
nas entrelinhas, 
na subjetividade, 
que não foi dito, 
ou escrito.
Sim cada um fala o que quer. 
Isso é tão ou mais importante...
saber...
quando lemos algo...
Outras vezes, 
a história diz inverdades, 
de acordo com os desejos, 
e as ideologias,
dos que escrevem 
ou interpretam os fatos...
Bem, eu sei, quem sou...
Procuro ser verdeiro.
Não existe observador 
totalmente neutro. 
Em volta de uma verdade, 
há sempre uma mentira.
Muitas coisas ditas 

e repetidas... 
sobre os fatos ou pessoas..
não são verdadeiras.
A maldade é terrível, 
mas o mundo continua hoje..
um território de maldades...
meias verdades,
mas,
como uma vez era, 
o mundo, 
continua a ser
maravilhoso...
E que comporta, 
hoje, 
também um grande 
um grande 
e estranho  mundo de mentiras, 
do consumo...
onde tudo é   negócio...
Nem tudo é verdade,
há a sedução em mostrar,
o que interessa, 
que faz bem mostrar,   
São meias 
ou  nem todas as verdades...
do nosso nundo. 
"O perigo de uma meia verdade, 
é você dizer exatamente a metade dela,
que é um mentira"
dizia Millôr Fernandes.
Não há dúvidas de que, 

antes de muitos seres,
que vivem por ai, 
e eu sou do antes..
em que muitos seres,
já habitam este mundo,
da maldade ou não...
ou da verdade ou não.
Muitos por ai,
acham que a vida começou 
com eles...
Então eu sou de antes,  
Mas  de antes, anos 60 ou 70,
tudo era mais verdadeiro,
havia uma vida mais pacata..
que levava as pessoas a terem 
mais chances de ficar 
um longo tempo..
conversando sem pressa,
mateando juntos,

juntos criavam 
mais vínculos afetivos.
Tudo verdadeiro, 
não de aparências 
Isso  era,
e é essencial,
para uma vida,
melhor e mais sensata a vida assim, 
é para cada um
desenvolver habilidades 
familiares 
e prosseguir em seu talento...
suas virtudes etc. 
Como hoje, 
e como.....era,
existiam e existem,
comportamentos 
bem diferentes...
Eu fico abismado 
com o tanto de gente que pega 
seu smartphone...
quando  estão numa conversa pessoal..
e na maior...
e nos interrompem, 
com tão breves diálogos...
ou banalidades...
digitados no olho 
e na maior cara de pau...
Não é minha praia... 
respeito quem gosta..
A concentração numa conversa 
é essencial...
hoje...é raro..
com frequência, 
mas desaparece,
depois, que os olhos,
se voltam para o aparelhinho 
na mão,
do cara de anjo. 
Bem...
volto a escrever de um lugar...
que costuma ser inspirador.
onde os medíocres não tem vez...
não tem espaço, 
porque aqui ou lá 
tem suas limitações...
sem torres não há celulares,
em fazer parte deste 
mundo da alienação.
Tudo é um puro ar que respiramos..
e  se ver o céu azul..
águas límpidas e cristalinas. 
cantos do pássaros...o berro do gado.
Ninguém engana sempre..
Medíocre que tinha jeito 
e cara de medíocre...
um dia se mostra... 
Não pode fazer pose o tempo todo...
A verdade sempre aparece...
A eles a lembrança...
A lembrança... 
é que é diferente da memória.
Informação 
é diferente de conhecimento..
ou a saber.... 
Não lembramos tudo 
que está na memória, 
nem todas as lembranças são exatas. 
Não adianta consultar 
o Google para confirmar. 
O Google apenas é cópia, 
nada é original... 
não sei de quem. 
A cópia nunca 
é igual ao original.
Farto de todos aqueles 
que com palavras 
fazem web...
um território de quase sempre 
feito por inábeis..
com palavras 
sem sentido ou fúteis, 
ou quero dizer que prefiro coisas frugais....
mas vivemos,
onde tem de tudo,
só não há em boa parte dela, 
uma bela e inspirada linguagem...
Dirigia-me para casa,

no campo...de Palmas,
no mesmo outono do sul...
e que está ainda,
em tudo coberto de verde...
A minha inspiração,

nem sempre, conhece palavras...
conhece imagens...
As páginas em branco sempre aparecem...

depois,
com uma boa imagem...
ai... 
dispersam-se palavras 
em todas as direções.
Pronto meu texto está pronto.
Eu me dei conta desta foto, 

com vestígios....
de uma imagem da adolescência...
Linguagem poética, 
mas nenhuma palavra.
Com tudo sufocado no  tempo... 

como uma manta invisível....
as vezes ficamos sem lembranças...
Os meus olhos seguem...
com uma curiosidade infinita.
Então, ela mesma aparece,  

na lembrança do verde...
a arena....

entre os arbustos e a relva...
Serei eu livre..
No anoitecer e no amanhecer.
Logo adianto..
meu passo está diante, de
uma moldura dourada
onde vejo o sol no centro...

tudo fica como um retrato enorme, 
da porteira...
Se a história diz inverdades, 
de acordo com os desejos 
e as ideologias,
os que fazem fotos...
não só interpretam..
dizem uma verdade.
Fotos..
feitas assim,
existem na mente 
do observador  atento, 
este
totalmente fiel  a beleza 
e a verdade. 
Em volta de uma verdade, 
uma beleza.
que levo para casa...
no Memory Stick....
mas também na minha..
A luz vai sumindo, 
pouco a pouco... 
Fim de tarde..
Eu continuei a viagem
Para além da porteira..
no fim da tarde...
Casas, caminhos, nuvens,
montanhas.
A noite a
bre as suas portas...

caminho por ela...
sigo o caminho até minha casa..
pensando em colocar a cópia..
da porta da fazenda..
aqui está...
a verdadeira..
como tudo que gosto,
sim,  gosto de coisas verdadeiras .
Num mundo de aparências, 
acho que disse tudo, que é verdade.