O que vai ser amanhã.
eu levei um susto...
quando chegamos num caminhão na cidade...
meus irmãos,
minha mãe...
minha mãe...
Tudo estava nos eixos,
boas casas,
a crise era só nossa,
mas também,
mas também,
ameaçando nossas vidas,
quando chegamos na nova casa.
Tempos sombrios aqueles..
desde é o banco da estação
de trem de Tangará,desde é o banco da estação
onde nasci..o almoço magro
em Pinheiro Preto.
Tudo nem
foi tão mau assim..
foi tão mau assim..
o deles, nem o meu,
meus pais e irmãos.
Mas que diabo,
logo de manhã,
uma advertência mental daquelas.
Imaginei que alguém poderia dizer...
Vai ser o que de você...Agora,
o que vai ser de mim?
sempre me perguntava diante de um novo..
ou diante de novo desafio.
Foi assim em São Paulo,
Pelotas,
Porto Alegre,
e na volta em
Iomerê...
Eu sempre acendia
uma
vela
na hora
mais
escura,
rezava mais,
nestas
situações.
Continuo.
Bem ou mal, íamos
levando
a vida, até
que um dia
achei que Iomerê era pequena demais e fui morar em Curitiba e descobri de cara da nova vida eh dura.
levando
a vida, até
que um dia
achei que Iomerê era pequena demais e fui morar em Curitiba e descobri de cara da nova vida eh dura.
Antes, quando não sabíamos disso,
tínhamos alguns problemas,
mas dávamos a volta por cima.
Eu ia lembrando isso..
me consolando na época,
a gente tinha uma má noticia,
a gente tinha uma má noticia,
no rádio,
mas não ficaria mais pobre,
já sem a pobreza de Pinheiro Preto
e da Vila Bressan,
e da Vila Bressan,
mas o Sol já havia nascido lá
para nas bandas de Iomerê,
para nas bandas de Iomerê,
no dias seguintes prosaicamente,
como fazia todos os dias.
Não há motivo mais para alarme...
para o dia de amanhã.
para o dia de amanhã.