Pisando nem sempre no chão que gostaría..

Sou indiferente 

a muitas coisas..
meus assuntos 

não levam
em conta 

estima...
de ninguém..

a menos que seja alguém muito interessante..
Já escrevi..
e muito..
com o que...
e 

o que não me preocupo..
Sempre tive a ousadia
de dizer sobre
objetos e coisas
de minha preocupação.
Só levo a sério...

quem me lê..
ou quem 
deve ser objeto 
de minha atenção.
Afirmo: 
sou lido,
logo...
logo.. 
existo...
já algum tempo..
Saberei 
se tenho um preço..
logo mais adiante..
mas sei que uma 

das formas mais belas
de libertação que conheço...
é saber que a gente é interessante
e  tem um preço...
Se Freud já dizia 
que pessoas adultas
são uma raridade..
A maior desgraça da Web..
é que ela traz
à tona o pensamento
dos sensatos 

e dos idiotas,
estes últimos, 
infelizmente

é que são...nos chateiam..
e são quase uma maioria.
Hoje em dia é tão raro..
certas virtudes,
é raro,
achar virtude
em uma mulher
que bebeu vinho
demais no jantar.
Ainda bem que
nem todo mundo
que me lê 

ou me conhece,
ou
depende de mim...
para tomar atitudes...
ou conselhos,

por algo...

sou banal...
neste termos...
para se sentir amado,

ou odiado
porque,
amo muito ou o pouco suficiente.
E, com os anos, 

menos ainda.
A indiferença pode
ser uma graça.
a se suportar 

esta hostilidade primitiva..

dos seres humanos,
do mundo...
tão bem descrito
por Hobbes...
na nossa maldade inata...
e 

sem reclamar 

da gloriosa
indiferença do Sol...
da lua, 

das estrelas, 
com todos nós 

que estamos sob o céu...
pisando 
nem sempre no chão 
que gostaríamos...