sinto
agora,
que alguém
poderia ser você.
Será
que
me vê
ainda
alguém idealizado..
mas
tenho uma
certa liberdade...
quanto a minha autocrítica..
sei que assim
se insinua
uma gama
de possibilidades..
não teremos
dificuldades em efetuar
estas descobertas..
pelas
nossas trocas...
nossas
próprias observações..
Como quando
se escreve
algo,
carta, é uma provocação
ou confissão.
Observo....
nas
palavras,
posso às
vezes esconder,
ou deixo assim ficar, subentendido.
Como uma ideia que
existe na cabeça...
minha...
na cabeça de quem lê,
(algo latente..
dá esta fascinação)
saber que sou lido
com todo carinho seu..
E não tem a menor obrigação
de acontecer.
Eu acho tão bonito.
Ista interação entre nós..
de ser real as vezes
abstrato, virtual...
sei
que já não podemos deletar..
assim..
A beleza está nisso...
não é algo tão fugaz...
Como uma ideia que
existe na cabeça.
E não tem a
menor obrigação
de convencer, ninguém...
como um rio vai..vai...
pura franqueza.
Pois que seja franqueza então.
A alegria que me dá isso.
Isso vai e vai em sem
eu dizer..
sem você dizer.
Se amanhã não for nada disso.
Caberá só a mim esquecer
e..
esquecer.
O que nós ganhamos..
acho que sempre
ganhamos acima de tudo,
o que eu
perco,
o que você perde
não importa.
Ninguém precisa saber
detalhe de tudo
Teus dias na Universidade...
são como uma terapia e divertidos...
os emus eram assim..na Leiga.
Escrevo dizendo que
"nossas vidas
com seus atropelos"
e
pergunto o que seria
da vida sem eles?
Sobre as "obviedades
e coisas mundanas"
que falaste,
acho falar sobre
depende de cada um,
que faz parte
de nossa vida, das relações
entre
as pessoas.
Essas coisas comuns ás vezes
não
são tão comuns assim,são
elas que
nos tiram o sono e ao meu ver,
transmiti-las
não empobrece
quando por ventura nos incomodam
e /ou preocupam.
A questão é a
quem falar, portanto
às vezes é melhor não falar.
Na verdade,
quando li sua mensagem
ontem fiquei triste, tive a
impressão de
que me vê como
uma invasor,
talvez seja
paranoia minha, pois
não quero
saber das tuas obviedades
porque tenho interesse
em saber das
tuas
prestações...
contas etc
não é nada disso, apenas
queria ser
alguém à quem pudesse
falar das tuas coisas, sejam elas
obviedades/coisas
mundanas ou não,
quando quisesse,
pelo menos eu o vejo como
alguém á quem
eu possa falar de mim.
Psicanálise
estudei seis anos,
ali em Pelotas,
me
permite uma leitura mais
precisa. Falei
que estive em análise
por um bom tempo..
então hoje, já não te
esconde
tanto...
eu iniciei três vezes mas
não consegui ir ao fim,
sentia-me muito
fragilizado estruturalmente,
eu que vejo-me de um extremo
ao outro
super
sensível e como uma rocha,
por vezes escondo-me dentro de mim.
Talvez seja
uma forma de proteção.
Veja só, estou falando de mim,
não
costumo fazer muito isso.
Sei mais ouvir os outros do
que falar de
mim.
À afinidade e mais a fascinação é o que leva
às paixões, profundas paixões.
Na
internet, como
se refere é diferente.
A paixão é algo louco
e dura pouco (na vida
real).
O amor verdadeiro, quando acontece, devo concordar contigo, é uma
mescla de
afetividade, carinho, vida,
bem como a amizade.
bem como a amizade.
É estar
em
sintonia com o outro,
principalmente quando
encontramos àquela pessoa, a
principalmente quando
encontramos àquela pessoa, a
pessoa dos
sonhos, à representação d
os nossos ideais (subjetivos), um
os nossos ideais (subjetivos), um
exemplo disso é o fragmento de uma carta que Freud escreveu a sua
esposa
Martha: "Fiquei encantado ao saber que você tem tantas
ambições por mim, minha doce
menina; a princípio, eu não as tinha; procurava na ciência a
satisfação,
oferecida pelo esforço de procurar e pelo momento da descoberta;
nunca fui dessas pessoas que não podem admitir a ideia de serem levadas pela
morte
antes de terem riscado o nome nas pedras em meio às ondas.
Mas,quando penso no que seria agora se não a tivesse encontrado (...).
Você me dá não
apenas ideal e sentido, mas também tanta felicidade..."
Você também escreveu "...
a cada momento nos revelamos
um com
o outro..." ,
diria que nos revelamos muito, e, " ...
em princípio não vejo risco..." e
pergunto que risco poderia ter isso
para você, para mim o risco
é sentir-me
bem.
o seu pensamento sobre o " tempo",
lindo, imprimi,
guardei na
minha
caixinha de pensamentos
(parece coisa infantil...),
de onde
tens tanta
inspiração,
tua inspiração me toca,
e nele diz
"...queria que
escrevesse
tudo o que desejas..."
eu escrevo
e ás
vezes
me escondo
demais.