Imagens
reforçam
ideias,
conexões.
Infância,
conexões.
Infância,
Família,
Passado,
Cidades.
Cidades.
Havia
um
tempo
e se
vivia
e se
vivia
assim,
não mais...
Mas há
um tempo,
que vivo,
em que vivemos,
o nosso tempo.
As montanhas
majestosas de
Iomerê estão
sempre lá,
como se dissessem,
vocês vão e
nos somos eternas.
As montanhas de Iomerê
ainda falam
da minha infância..
belas,
imponentes
Onde o sol,
toca todas tardes,
e continuam lá.
Mas há
um tempo,
que vivo,
em que vivemos,
o nosso tempo.
As montanhas
majestosas de
Iomerê estão
sempre lá,
como se dissessem,
vocês vão e
nos somos eternas.
As montanhas de Iomerê
ainda falam
da minha infância..
belas,
imponentes
Onde o sol,
toca todas tardes,
e continuam lá.
A percepção
é sempre igual
olhar ao alto.
olhar ao alto.
algo
inteligente,
inspirador
inspirador
que cada um tem,
e vale sempre, por mil palavras.
O menino
lá atrás,
está lá
e
vive a cada olhar...
na
minha
biografia,
sentado
nos degraus
do antigo
seminário
tudo
começa,
como
e
vive a cada olhar...
na
minha
biografia,
sentado
nos degraus
do antigo
seminário
tudo
começa,
como
num
encontro,
vem à mente
o passado, de
encontro,
vem à mente
o passado, de
um menino sapeca...
A vista da igreja matriz..
a praça ali,
como
dias de neve,
do inverno
que nos
brindou em
1965,
A vista da igreja matriz..
a praça ali,
como
dias de neve,
do inverno
que nos
brindou em
1965,
tem
coisas
a gente
nunca
se esquece,
agora sei
dizer,
que a
a gente
nunca
se esquece,
agora sei
dizer,
que a
gente era
demais
feliz, por isso
não esquece e
demais
feliz, por isso
não esquece e
nunca esquece
por ser
tão marcante
na minha vida,
na vida
da cidade,
onde
tudo na vida
passa...
tudo flui...
onde fui,
muito
por ser
tão marcante
na minha vida,
na vida
da cidade,
onde
tudo na vida
passa...
tudo flui...
onde fui,
muito
mais,
como
olhar
o horizonte
com um
retrato
atemporal..
relembrar,
um
despertar de
como
olhar
o horizonte
com um
retrato
atemporal..
relembrar,
um
despertar de
algo
assim..
notável.
Fotos antigas
adoro, levam mentes..
seres
divagam nos dias
como
que um foramem,
uma fresta,
nos levam
de volta ao passado
como a
lugares sagrados
tão presentes e
simples em
nossa memória,
ou onde
a gente se refugia,
um momento particular,
enfim reviver é como viver de novo
sua história.
O ser,
assim..
notável.
Fotos antigas
adoro, levam mentes..
seres
divagam nos dias
como
que um foramem,
uma fresta,
nos levam
de volta ao passado
como a
lugares sagrados
tão presentes e
simples em
nossa memória,
ou onde
a gente se refugia,
um momento particular,
enfim reviver é como viver de novo
sua história.
O ser,
Modesto,
simples,
vive
simples,
vive
e é ainda
continua
muito
tímido.
continua
muito
tímido.
Soa
tudo, como
num banquete,
como uma festa no pavilhão da Matriz São Luiz Gonzaga
cheio de delicias, num lugar
como uma festa no pavilhão da Matriz São Luiz Gonzaga
cheio de delicias, num lugar
chamado Iomerê...
um
belo pedaço..
ainda com toda
poesia em seu entorno.
Assim como
Assim como
que
hoje, me sinto como
um
seu filho que
retorna...
Ando pelas ruas..
vento
e
cores..
flores.
retorna...
Ando pelas ruas..
vento
e
cores..
flores.
Eu vim
para cá menino
mais novo que agosto de
1963 parece tão distante
tinha 7 anos,
ainda hoje
ainda hoje
Iomerê
é silenciosa
e discreta.
Uma
cidade ainda
rural...
interiorana.
interiorana.
A igreja
linda
em
frente
da
praça.. está ali.
O clube,
onde a
cor
amarela,
ou
de tom amarelado...
onde
desfilavam
meninas e mulheres
de vestido tubinho..
desde
a escada de acesso íngreme,
a pista de dança,
as cadeiras de palha
já não existem mais...
desde
a escada de acesso íngreme,
a pista de dança,
as cadeiras de palha
já não existem mais...
Florestas,
montanhas
e
um lindo entardecer
quase
todo
dia
é de sol..
intactos.
A infância
minha
todo
dia
é de sol..
intactos.
A infância
minha
foi
aqui
e foi confortável,
aqui
e foi confortável,
e demais
humilde.
Meu pai,
Meu pai,
açougueiro,
minha na mãe,
dona de casa...
Eu frequentei
a escola chamada,
dona de casa...
Eu frequentei
a escola chamada,
Grupo
escolar Frei Evaristo,
Foi onde estudei...
lá até os quinze anos.
Quando
estava na escola,
da irmã Odila e Otalia o padre De Martini...
da irmã Odila e Otalia o padre De Martini...
um excelente
aprendizado..
bom,
forte era o
forte era o
ensino
religioso,
a música..
a literatura,
a literatura,
senti
mais tarde
que usava muito
o
lado esquerdo
e um pouco o
direito
e um pouco o
direito
do cérebro,
acho que
mais até hoje..
mais até hoje..
Na
infância,
mostrava curiosidades..
leituras solitárias da da enciclopedia universal .
leituras solitárias da da enciclopedia universal .
a
natureza..
o pôr do sol..
cães
cães
e gatos..
vendo pessoas,
seus
movimentos
eram assim
o entorno,
seus
movimentos
eram assim
o entorno,
aqui percebi
a
que
nasciam e morriam.
a
que
nasciam e morriam.
Nascer e morrer
eram coisas raras
a cidade parava,
em cada velorio..
para ver,
eram coisas raras
a cidade parava,
em cada velorio..
para ver,
Éramos não mais
ou menos
que mil pessoas.
ou menos
que mil pessoas.
Morrer
e nascer aqui,
era um acontecimento.
Mas
o funcionamento
das coisas,
das coisas,
das
pessoas,
eram minha observação predileta..
Observar,
olhar atento a tudo.
olhar atento a tudo.
Me
fascinava descobrir
cada pôr do sol...
que
que
nem
sempre conseguia ver.
E
estar presente e
E
estar presente e
ver
no fim de tarde, nos meses de outubro, novembro e fevereiro e março eram ainda
mais lindas as colinas
que rodeiam a vila..
Que eu me lembre,
Que eu me lembre,
sempre tive interesse.....
por
tudo,
era muito garoto,
lembro-me
lembro-me
de ver tudo aquilo,
pessoas na rua, roupas modestas,
até de pés descalços algo
tão comum como carroças
pessoas na rua, roupas modestas,
até de pés descalços algo
tão comum como carroças
o carro de boi,
nos jipes willys
nos jipes willys
na estrada,
a rua principal
de chão batido,
a rua principal
de chão batido,
em
que me
punha as mãos..
punha as mãos..
no
rosto
na testa,
na testa,
dizia comigo que lindo tudo aquilo. admirava estático o movimento.
Esta era a dinâmica carros, ruas e cadas e pessoas nas ruas
com as montanhas ao fundo.
com as montanhas ao fundo.
Um
interesse maior veio
em documentar isso..
foi no fim dos anos 70,
foi no fim dos anos 70,
depois
nos anos 2006 e 2008..
das belas fotografias majestosas
nos anos 2006 e 2008..
das belas fotografias majestosas
que me faziam retornar
ao passado
ao passado
é tudo que me incentivou
no interesse por Iomerê,
Passado e presente.
Passado e presente.
Não
sou
filho da terra,
embora
more aqui
já por 50 anos..
mas
sou
filho da terra,
embora
more aqui
já por 50 anos..
mas
não
nasci,
aqui,
aqui,
nasci
em Tangará...
no ano de 1956,
no ano de 1956,
vivi lá
pouco mais meus
avós italianos
viviam na linda São Marcos...
vivi
na Vila Bressan
do açougue
e cantina
e suas colinas
em Pinheiro Preto,
mas fui me envolvendo
com meu tempo na vila de Iomerê . desde
menino e hoje
pouco mais meus
avós italianos
viviam na linda São Marcos...
vivi
na Vila Bressan
do açougue
e cantina
e suas colinas
em Pinheiro Preto,
mas fui me envolvendo
com meu tempo na vila de Iomerê . desde
menino e hoje
em
conversas
com conhecidos
e colegas de seminário,
com conhecidos
e colegas de seminário,
da
escola,
da igreja,
dos padres, das
da igreja,
dos padres, das
freiras.
Embora
até pouco
tempo, nem sempre
tempo, nem sempre
me
dava
conta do contexto
de tudo e tão
mais
conta do contexto
de tudo e tão
mais
amplo era
viver aqui com todos que viveram
os anos
60
e 70
em torno de como
viver aqui com todos que viveram
os anos
60
e 70
em torno de como
é
lindo tudo em Iomerê..
O
fato é de que já
era evidente esta interessante maneira e
gosto para mim..
já em 2008..que
já em 2008..que
Fiz esta foto..
Sim este
momento estimulou o
meu
envolvimento
meu
envolvimento
com maior desde
a
a
fotografia que resgatou
o
olhar carinhoso da cidade,
que remonta e vem desde durante toda minha infância.
Iomerê
não é uma peça velha mas
é uma a roupa usada que serve..
Um ritual cada momento...
é uma a roupa usada que serve..
Um ritual cada momento...
na
minha vida..
é uma peça atual.
A influência de muitos foi bem,..assimilada. .
é uma peça atual.
A influência de muitos foi bem,..assimilada. .
Foi além do
menino precoce,
menino precoce,
dentro
de casa..
foi no trabalho,
aos olhos de
muitas pessoas da vila e interior que
aos olhos de
muitas pessoas da vila e interior que
vinham ao comercio de meu pai, dos habitantes...
os colonos..
que vivem
ou viveram aqui.
os colonos..
que vivem
ou viveram aqui.
Durante
anos trabalhei como filho
de açougueiro..
em
Iomerê..
Eu
sempre fui descrito
por um colega
como um "menino gentil",
era
muito querido,
me chamavam
de Toninho,
era admirado
por meu jeito meigo
e trabalhador...
juvenil demais até hoje.
Tinha habilidade para fabricar coisas
Tinha habilidade para fabricar coisas
como embutidos,
salame, copa
e torresmo
no açougue do meu
pai...
Me portava como um artesão..
Todo
o aprendizado aqui,
me que fazia preparado
para ter encarado
em algo maior..
desde
para ter encarado
em algo maior..
desde
os muitos anos
que frequentei
que frequentei
o prestigiado grupo escolar,
onde alunos e
professores eram um
grupo muito coeso e irmanados
no ensino diário avançado para época
assim era o Frei Evaristo...
assim era o Frei Evaristo...
contando
que tudo era um ambiente
de uma efervescência cultural tão mar cante e presente sempre com a laboriosa
presença dos padres do Seminário Camiliano e das freiras Marcelinas
em auge nos anos 59 e 60 e toda década inteira.
Mas
tudo se deve a época
a esta presença dos padres
e uma influência mais
ampla...dos seminaristas e professores atuantes e tão dedicados na
escola..
Nunca mais repeti
esta foto..
Frei
Evaristo...
dos
padres do Seminário,
Freiras
do Juvenato
Santa
Marcelina...
que
davam aula,
cada dia uma inspiração
cada dia uma inspiração
que
muito se fazia aos alunos no ensino,
que
era muito prestigiado..
Senti
a responsabilidade..
e
soube tirar proveito
de tudo na escola.
concentrando-se
especificamente em música,
literatura...
da professora
Edite Rosa..Pe Edivino.
e nao era só que a gente tinha...até tecnologia
era bem vinda nos eletro domésticos,
era algo
novo nos anos 60
fui ver o rádio lá e uma geladeira..
em Videira na casa Ruecker
Naquela
época, as escolas
estavam tentando aprimorar
a educação e eu
de olho no lado
vocacional,
querendo
saber onde eu
ia me posicionar em
termos de profissão.
Queria se padre..historiador
depois veterinário
depois fui ser médico
Havia
um fosso cada
vez maior entre as matérias
da escola, com que há hoje...
e
atividades práticas.
Eu
sai de Iomerê em 1972,
no dia 26 de fevereiro,
de
Kombi com
o Padre João Zago...
neste
dia inesquecível,
fui
estudar no melhor
colégio Bom Jesus de Curitiba,
Iniciei
aulas
em
março do mesmo ano...
fui
lá um bom aluno graças ao
que
levei de bagagem de Iomerê.
Não
havia um padrão de ensino
estabelecido,
ou,
nas palavras
de um professor,
"na
prática"
as escolas,
"ensinavam
o que bem entendessem"...
e
em Iomerê
tínhamos o melhor.
Olho
no futuro,
me ajudou a criar
num foco, estudar,
mudou
tudo...
em
Curitiba,
do Professor
Schimidt
e
do frei diretor,
tudo se, misturavam
o
ensino acadêmico
com a musica..
literatura..
e
estava bem
à frente de meu tempo..
Iomerê
foi muito salutar na época,
todas
as crianças entre os
cinco e os dezesseis anos...
que viveram este tempo,
devem
muita gratidão a este tempo,
"Sob
a influência do padres
e
seminaristas camilianos"..
Os
alunos da escola tinham
esta contribuição,
e
a reputação dos professores
convincentes,
oriundos
do
seminário camiliano"..
Tudo
ajudou a transformar
o que era, no fundo,
uma
aula recreativa,
num
curso de futuro para crianças
e
adolescentes.
Estabeleceu
a base para
geração
geração
de
pessoas talentosas.
Entre
eles, o próprio filho
de um açougueiro..
eu...
Algo me recorda dos
muitos anos comentando
de um açougueiro..
eu...
Algo me recorda dos
muitos anos comentando
a
respeito da evolução da
escola e a paixão cada vez maior
de muitos..
por aprender musica..
escola e a paixão cada vez maior
de muitos..
por aprender musica..
literatura..poesia...
com
alguns professores de fora.
Mas
eu não era um cara obcecado,
sempre
tentando me transformar
em
menino prodígio.
Meu
pai não imaginava o talento do filho,
foi
apenas um estímulo,
por ser o patinho feio...
dele.
Andando
juntos na rua,
eu
apontava para os diferentes tipos
de
poste de luz eram centrais,
já
na época, perguntava a meus amigos..
por
que eles eram diferentes
dos outros lugares,
a
rua central larga, os colonos
vinha a vila...
vinha a vila...
Curiosidades...
sempre
me motivaram..
e
as pessoas modestas,
respeitosas uns dos outros..
como as famílias eram,
os Mendes,
respeitosas uns dos outros..
como as famílias eram,
os Mendes,
Penso, Pasqual, Santini,
Comelli, Pelle, Faoro,
Lazzari, Faccin, Zago,
Pastore...
Comelli, Pelle, Faoro,
Lazzari, Faccin, Zago,
Pastore...
esta
influência incidiria
nas condições de cada um
nas condições de cada um
e
teria afetado as minhas escolhas..
Ser
padre era o top nos anos 60,
foi decaindo nos anos 70 mas
eu fui em frente.
foi decaindo nos anos 70 mas
eu fui em frente.
O
tempo todo
a gente conversavam
sobre os mundo a volta, o ambiente
construído..e como era possível sair..
dali..
se aprimorar...
a gente conversavam
sobre os mundo a volta, o ambiente
construído..e como era possível sair..
dali..
se aprimorar...
Enfim
sai fui morar
Curitiba.,
em 1972, no seminário camiliano.
A
memória
de
um
acontecimento que durou menos de 2 dias...
marcante.
A
neve de 1965..
vem a mente a palavra "rejeitado",
um
menino que queria
ser participante,
de tudo naquele dia...
O
clube
de
Iomerê.
ouvi da mãe que
respondeu
a pergunta,
se podia sair ver
a neve.
Algumas
semanas
atrás,
eu tive
a certeza
que minhas
ideias
não
foram
rejeitadas
A
mãe disse:
Teus
irmãos irmãos estão sempre
falando
em sair
na neve e você não pode sair..
não
tem roupa e sapato..
Para
mim era triste..
Eu
senti um estado de depressão..momentânea
foram
30 segundos de uma memória específica, relembrei...agora
ou
seja, de não poder ir a neve na praça.
Sempre
há uma tendência a lembrar do fato
e
da rejeição da mãe.
Claro
ela estava estava errada,
isto
é especifico e refere-se
a
algo que ocorreu em diversas ocasiões.
Esta
memória...
acontecimentos
passados tão longe do anos 60,
de
forma clara e não vaga e genérica.
"É
um fator de vulnerabilidade ser rejeitado,
num
casa de muitos irmãos e ocasionou muitas reações contraproducentes, quando as
coisas dão errado na vida..
Esquecer um pouco é essencial...
Esquecer um pouco é essencial...
eu
segui em frente.
"Quando
você tenta lembrar demais o que aconteceu é uma desastre..como a morte de minha
irmã em 1964.
Evitava
sempre que viesse a minha mente,
E
então vou dizer algo que pode soar surpreendente,
vindo de um homem cujos pensamentos
giram constantemente dentro de sua cabeça...
e tem um interesse particular
por um área como o pensamento ..
"Isso é interessante".
Eu jamais seria capaz de me lembrar de tudo..
que escrevi aqui..
vindo de um homem cujos pensamentos
giram constantemente dentro de sua cabeça...
e tem um interesse particular
por um área como o pensamento ..
"Isso é interessante".
Eu jamais seria capaz de me lembrar de tudo..
que escrevi aqui..
Ser
padre era o top nos anos 60,
foi
decaindo nos anos 70 mas eu fui em frente.
o
sonho acabou em 1975
no
seminário camiliano...de Cotia.
A
memória de um acontecimento
que durou menos de 1 dia...marcante...
o meu dia de despedida...do seminário.
que durou menos de 1 dia...marcante...
o meu dia de despedida...do seminário.
se
fosse Padre seria o máximo...
queria muito...
queria muito...
mas
fui ser médico em 1982.
Escrevi aqui...tantas coisas....
Escrevi aqui...tantas coisas....
fiz
tantas coisas e farei ainda..
mas o assunto vem a ser AGORA
mas o assunto vem a ser AGORA
o
cérebro
e
os pensamentos..
De repente lembrar de tudo nas minúcias..
rever os nossos momentos mais importantes,
todos os nossos preciosos encontros,
aventuras e vitórias..
E se a memória nunca se extinguisse
e pudesse ser recuperada a qualquer momento..
E ai vc saberia..muito mais..
então se pode imaginar como isso seria na realidade..
Nem mesmo uma memória quase
perfeita poderia dizer como é isso..
Mas vou tentar descrever como é ser assim.
Imagina se lembrar de muitas
experiências do começo da infância
e de quase todos os dias entre
as idades de 7 e 15 anos.
Depois disso, não há praticamente nenhuma falha em sua memória....
.sobre datas, números e histórias inteiras sem esforço.
"As pessoas diriam:
Nossa, é fascinante, deve ser uma dádiva ter uma memória tão perfeita"..
Imaginando isso, meus lábios curvam-se num leve sorriso.
"Mas também é agonizante"...
Além das boas memórias,
todas as palavras enraivecidas,
os erros, decepções, choques
e momentos de dor não esquecidos.
O tempo não curaria nenhuma ferida... se a vida fosse
sem esquecimentos..eles existem para isso...
"Olhar para o passado é como vivenciar
tudo de novo
e
de novo,
e essas memórias
despertam exatamente
as mesmas emoções...
A vida
seria como um filme sem fim
capaz de me arrebatar um
ser por completo.
E não tem um botão para parar.
..um Pause.
A mente é constantemente bombardeada
por fragmentos de memórias,
exposta a um processo automático
e incontrolável que se comporta
como uma repetição infinita
num computador.
Às vezes há motivações externas,
como um determinado cheiro,
música, foto ou palavra.
Mas freqüentemente as memórias
voltam por conta própria.
Cenas bonitas, importantes
ou banais passam no monitor interno,
às vezes tomando o lugar do presente.
Tudo isso seria incrivelmente saudosista..
ou é as vezes.. algo...
bom, lembro de como gostava
de tomar sorvete
de uva no Bar do Comelli..
em Iomerê.
Mas uma tendência
crônica em nós a eliminar detalhes,
está ligada a episódios
mais longos e intensos
principalmente
acontecimentos traumáticos.
Há o que não conseguem lembrar o passado em detalhes específicos..
"Se você está infeliz e quer ser feliz, é bom ter memórias boas que você possa percorrer ..dos pensamentos bons,
alegres..temos alegria.
A musica do seminário no fim de tarde..o futebol no campos dos Nora..o banho no rio,
comer uvas no Faoro.
"É como uma rede de segurança...lembrar os bons momentos"
Os pensamentos negativos..
eu sempre tentei esquecer do passado,
o passado muito ruim que me deprime..
Hoje, não estou mais interessado neles.
Comida é algo que a gente não esquece.
Lembro de refeições no açougue
toda memoráveis, como a mais
cara que já fiz na vida, sentado
num lugar aberto
apenas oito pessoas
Coisas que dizem,
é ainda melhor não se foram no tempo..que ainda que tenos.
Não me esqueço de que comia xixo ou espetinho no açougue.
Do bar do Barulho..
Era perto de casa e da escola.
gostava do sorvete e o preço
que cabia no bolso.
sempre gostei de uma comida comum e carnes..
Tenho um carinho enorme por aquele torresmos..
que tinham aparência de dar água na boca.
e pareciam mais deliciosas quando se estava com fome.
Há muitas coisas legais, que acontecem na vida, a gente não planeja. Eu tinha mais ou menos uma ideia de onde
O que eu não sabia é que hoje abriria a mente ao passado e daria de cara com o prédio onde estudei a uns 50 metros de distância.
Lembrei na hora do Frei Evaristo
adormecida despertou.
Assim que pude ver
subindo a parte da rua em frente
Fui e voltei dei umas três voltas na quadra..
Mas atravessei a rua e cheguei o Frei Evaristo onde estudei. Que sensação bela e estranha e como o tempo passou.
Continuei andando até a a praça nova
e parei meio perdida sem saber onde ir. Então, escutei dois jovens conversando. falando..
tentei entender num
poderiam ser bem uma rua nos anos 60
ser eu.
Eu, há exatos 50 anos.
Ali bem na minha frente
Fiquei observando os dois.
prédios lado a lado
O Seminário e o Juvenato.
Claro que percebi que
não era mais como eu.
E quem era?
Sei que gente nunca pensa isso.
Quase nunca olha para trás.
Mas era um menino
que tinha tantos planos e muitas vontades
e poucos medos de muitos planos e sonhos,
mas sei que fazia tudo diferente.
Sempre pensei que um dia
e que as vezes no dia seguinte já
queria tudo diferente.
Ah como eh tudo
claro, tudo foi acontecendo além e com as minhas vontades. E elas foram ficando maleáveis porque as possibilidades eram enormes. Não sabia disso.
Então agora eu olho o passado e já há uma vida inteira que vem de lá trás. ..
Escolhas e decisões erradas e certas
e de quanta isso da a sua vida
Foi legal fazer aquele passei em Iomerê na praça..
Como foi lindo aquele..teatro no pavilhão antigo da igreja perda de tempo
Estou tentando lembrar de todas as coisas da vida a alegrias que tenho. Queria poder dizer que não me arrependo de nada e de muitas coisas que fiz
e escrever um texto inspirador
de como vivia e como é viver todos os nossos sonhos.
Mas não posso. Não consigo.
Talvez só agora tenha me dado conta,
de muito da vida
de
De repente lembrar de tudo nas minúcias..
rever os nossos momentos mais importantes,
todos os nossos preciosos encontros,
aventuras e vitórias..
E se a memória nunca se extinguisse
e pudesse ser recuperada a qualquer momento..
E ai vc saberia..muito mais..
então se pode imaginar como isso seria na realidade..
Nem mesmo uma memória quase
perfeita poderia dizer como é isso..
Mas vou tentar descrever como é ser assim.
Imagina se lembrar de muitas
experiências do começo da infância
e de quase todos os dias entre
as idades de 7 e 15 anos.
Depois disso, não há praticamente nenhuma falha em sua memória....
.sobre datas, números e histórias inteiras sem esforço.
"As pessoas diriam:
Nossa, é fascinante, deve ser uma dádiva ter uma memória tão perfeita"..
Imaginando isso, meus lábios curvam-se num leve sorriso.
"Mas também é agonizante"...
Além das boas memórias,
todas as palavras enraivecidas,
os erros, decepções, choques
e momentos de dor não esquecidos.
O tempo não curaria nenhuma ferida... se a vida fosse
sem esquecimentos..eles existem para isso...
"Olhar para o passado é como vivenciar
tudo de novo
e
de novo,
e essas memórias
despertam exatamente
as mesmas emoções...
A vida
seria como um filme sem fim
capaz de me arrebatar um
ser por completo.
E não tem um botão para parar.
..um Pause.
A mente é constantemente bombardeada
por fragmentos de memórias,
exposta a um processo automático
e incontrolável que se comporta
como uma repetição infinita
num computador.
Às vezes há motivações externas,
como um determinado cheiro,
música, foto ou palavra.
Mas freqüentemente as memórias
voltam por conta própria.
Cenas bonitas, importantes
ou banais passam no monitor interno,
às vezes tomando o lugar do presente.
Tudo isso seria incrivelmente saudosista..
ou é as vezes.. algo...
bom, lembro de como gostava
de tomar sorvete
de uva no Bar do Comelli..
em Iomerê.
Mas uma tendência
crônica em nós a eliminar detalhes,
está ligada a episódios
mais longos e intensos
principalmente
acontecimentos traumáticos.
Há o que não conseguem lembrar o passado em detalhes específicos..
"Se você está infeliz e quer ser feliz, é bom ter memórias boas que você possa percorrer ..dos pensamentos bons,
alegres..temos alegria.
A musica do seminário no fim de tarde..o futebol no campos dos Nora..o banho no rio,
comer uvas no Faoro.
"É como uma rede de segurança...lembrar os bons momentos"
Os pensamentos negativos..
eu sempre tentei esquecer do passado,
o passado muito ruim que me deprime..
Hoje, não estou mais interessado neles.
Comida é algo que a gente não esquece.
Lembro de refeições no açougue
toda memoráveis, como a mais
cara que já fiz na vida, sentado
num lugar aberto
apenas oito pessoas
Coisas que dizem,
é ainda melhor não se foram no tempo..que ainda que tenos.
Não me esqueço de que comia xixo ou espetinho no açougue.
Do bar do Barulho..
Era perto de casa e da escola.
gostava do sorvete e o preço
que cabia no bolso.
sempre gostei de uma comida comum e carnes..
Tenho um carinho enorme por aquele torresmos..
que tinham aparência de dar água na boca.
e pareciam mais deliciosas quando se estava com fome.
Há muitas coisas legais, que acontecem na vida, a gente não planeja. Eu tinha mais ou menos uma ideia de onde
O que eu não sabia é que hoje abriria a mente ao passado e daria de cara com o prédio onde estudei a uns 50 metros de distância.
Lembrei na hora do Frei Evaristo
adormecida despertou.
Assim que pude ver
subindo a parte da rua em frente
Fui e voltei dei umas três voltas na quadra..
Mas atravessei a rua e cheguei o Frei Evaristo onde estudei. Que sensação bela e estranha e como o tempo passou.
Continuei andando até a a praça nova
e parei meio perdida sem saber onde ir. Então, escutei dois jovens conversando. falando..
tentei entender num
poderiam ser bem uma rua nos anos 60
ser eu.
Eu, há exatos 50 anos.
Ali bem na minha frente
Fiquei observando os dois.
prédios lado a lado
O Seminário e o Juvenato.
Claro que percebi que
não era mais como eu.
E quem era?
Sei que gente nunca pensa isso.
Quase nunca olha para trás.
Mas era um menino
que tinha tantos planos e muitas vontades
e poucos medos de muitos planos e sonhos,
mas sei que fazia tudo diferente.
Sempre pensei que um dia
e que as vezes no dia seguinte já
queria tudo diferente.
Ah como eh tudo
claro, tudo foi acontecendo além e com as minhas vontades. E elas foram ficando maleáveis porque as possibilidades eram enormes. Não sabia disso.
Então agora eu olho o passado e já há uma vida inteira que vem de lá trás. ..
Escolhas e decisões erradas e certas
e de quanta isso da a sua vida
Foi legal fazer aquele passei em Iomerê na praça..
Como foi lindo aquele..teatro no pavilhão antigo da igreja perda de tempo
Estou tentando lembrar de todas as coisas da vida a alegrias que tenho. Queria poder dizer que não me arrependo de nada e de muitas coisas que fiz
e escrever um texto inspirador
de como vivia e como é viver todos os nossos sonhos.
Mas não posso. Não consigo.
Talvez só agora tenha me dado conta,
de muito da vida
de
tudo
tem sido bacana e mesmo quando
ela
não é faz parte dessa coisa que se chama viver.
Faz parte não ser a melhor do time,
o mais popular da escola Frei Evaristo
não ter ido uma festa inesquecível
Não eu Não tive nada disso ou daquilo.
Faz parte ser demitido,
em Curitiba e de ter chefes incompetentes,
ganhar pouco, detestar o trabalho. ..
corre e para ir ao cursinho
Vivi tudo isso.
Faz parte de tudo
como namorar
Tive um dia de lembrança,
coisas muito boas.
Faz parte não ser a melhor do time,
o mais popular da escola Frei Evaristo
não ter ido uma festa inesquecível
Não eu Não tive nada disso ou daquilo.
Faz parte ser demitido,
em Curitiba e de ter chefes incompetentes,
ganhar pouco, detestar o trabalho. ..
corre e para ir ao cursinho
Vivi tudo isso.
Faz parte de tudo
como namorar
Tive um dia de lembrança,
coisas muito boas.
Ainda
bem. Talvez só assim o presente faça tanto sentido. Talvez só assim o presente
seja um baita presente que ganhei do meu passado..aqui em Iomerê..andei
procurando aquela velha loja do Comelli está ai não no prédio antigo
mas
o que encontrei fui ela
mesma a Dona angelina
mesma a Dona angelina
como
foi há 50 anos.
Foi
difícil. Mas tudo foi bom.
Matei
a saudade.
Foi um alívio me reencontrar
Foi um alívio me reencontrar
e
só saber que era a mãe de
uma garota
uma garota
não
como
outra qualquer...
Doralina.
outra qualquer...
Doralina.
E
como foi
um alívio saber
fiz menos
ou mais que poderia.
um alívio saber
fiz menos
ou mais que poderia.
Tive
vontade
de voltar lá e poder
dizer para ela
que como guri
a admirava,
que eu era há
50 anos, que tudo vai dar certo.
Que depois olhei na
praça e
disse tudo bem,
ainda estou vivo.
de voltar lá e poder
dizer para ela
que como guri
a admirava,
que eu era há
50 anos, que tudo vai dar certo.
Que depois olhei na
praça e
disse tudo bem,
ainda estou vivo.