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quarta-feira, 20 de março de 2024

The art of losing

Muitas coisas vão se perdendo, a vida segue e vamos se despedindo lentamente, são coisas, são pessoas, do seu mundo, do bairro, da cidade, que vão te deixando algumas em vida, como seus amores, suas paixões, algumas que morrem, aí não tem mais jeito, ou vão nos deixando de lado, assim nos conscientizamos enfim, que vamos todos acabar, tudo tem fim, ou que morrer.. é acabar igual.
Você deixa de sua bicicleta, os amigos, você deixa de ter a visita de seus filhos, seus irmãos, ausências sentidas mais outras menos, num certo abandono progressivo. É uma arte saber perder, desapegar, não é difícil de perceber que tantas coisas que pareciam cheias de intenção e ver serem perdidas e sua perda já não é um desastre...conformar ou aceitar é a solução.
A vida é mais perdas que ganhos todos os dias na velhice. Perder algo todos os dias..dói..desde a saúde até nossos bens, hobbies, etc. Aceite a perda de tudo que você venera ou ama, tudo acaba um dia, nada será eterno ou para sempre. Se acostume ou pratique que vais perder outras coisas lá mais longe, ou perder mais rápido, se isto trará um desastre na sua vida acostume-se.
Perdi parte da minha cidade amada. E olhei, o hospital virou hotel, o juvenato, o convento religioso que virou casa de festas, minhas últimas fotos foram maravilhosas destes lugares, ou penúltima, das duas casas amadas e não foram embora...assim nas fotos se perpetuaram..e na memória. A arte de perder não é fácil de dominar.
Perdi duas cidades, lindas.
Vídeira e Iomerê não são mais as mesmas. E, mais o vasto verde, os rios, será que secará ou ficaram mais cheios de poluição. Sinto falta deles, mas não foi um desastre...faz parte do caos ambiental.
Mesmo perdendo você admite, não terei mentido. É evidente que a arte de perder não é muito fácil de dominar hoje que ontem, embora possa parecer mas é um desastre..tudo que está acontecendo em nome do progresso.
A vida que conta histórias e tem memórias.