Por ter sido
um menino..tímido,
não ter brilhado
em colégio algum,
ter a cara
e
o jeito de homem sincero,
mas tímido,
sereno,
sério,
sem pose,
nem arrogância
de uma estrela
para fotografia,
como Salgado ou
Cartier-Bresson.
Sou
e nem levo jeito de ser
uma atração, nem
alguma realização,
a minha ambição na
fotografia
é incursão solitária,
sem dramas na vida,
nunca pensei algo,
para ser escritor
ou cineasta...
mas busco no enquadramento
e dos diálogos, a inspiração,
eis de onde vem,
a mistura do escritor
e fotógrafo
que há muito existe no cinema.
Alguém assim nunca
chegará perto
ou será um mito..
Não será também
um bom personagem
para os biógrafos.
Procuro,
e sei fazer o mais belo..
ou o belo...
talvez venha de alguém..
mas difícil pra quem...
é um ser muito humilde.
A vida de gênios
ou se vivida
com genialidade
tem que ter
uma certa arrogância
interior,
um delicioso exagero,
é uma certa imodéstia.
Modéstia demais
não combina
com a vida de muitos sonhos....
e imaginação.
Ambição move o mundo.
Primeiro revendo a foto
de minha filha se impôs
à minha imaginação..
ou a criatividade ou algo assim..
Aquela cidade onde viviam
eu
e minha família não
existe mais,
não é o mesmo lugar hoje...
mas só continua
a existir na minha imaginação..
nos meus sonhos.
A época hoje não é a mesma...
Os anos 60, 70, é lá longe....
claro que queria você de volta...
porém, na minha cabeça,
não há a mesma cidade,
as mesmas pessoas,
a de uns e a de outros,
há apenas a minha imaginação..
e meu sonho.
Mesmo porque a vida
é unica de cada um...
mudam os tempos,
de uns para outros...
por razões várias..
até para cada se sentir
num mundo
imaginário,
ou em busca de seus sonhos,
a que eu menino ou já
jovem também aspirava.
A verdade é que a cidade,
que nasci e vivi...
era bem mais real que a de hoje..
Se podemos falar assim,
no bom sentido.
Porque o lugar,
a cidade é a dos sonhos,
nunca é a real,
em que vivemos um dia,
com nossa casa,
nosso carro,
nossos bens, os amigos,
mas
é sim a que nos,
criamos algo só nosso,
e estão dentro de todos nós,
e vivemos nela..
tem sempre um peso
da realidade maior
ou menor,
que o da cidades
que conhecemos hoje.
Os homens
tem suas fantasias..
na vida real..
onde quer que estejam.
Sempre tive as minhas...
desde
que me propus
ou que queria viver tudo...
ou vivo.
Já é pesado demais para esses voos,
ao passado, mas me diverte,
mais me divertia muito...
vivendo e como
sonhava...
O menino sonhava..
Lembro ver a minha primeira foto,
ser tomado por um risinho incontido,
que me provoca sempre olhares
ao rever tal foto..
Há algo de lá..
meio que
atravessado...
na minha garganta,
mas como tudo na vida,
é a contradição entre
o corpo
e o espírito
e os sonhos..
As flores..
As paisagens,
A vida no interior,
na Vila Bressan,
nos anos 60 eram mais belas,
e os bombons eram melhores que os de hoje,
não me dão dor de dente...
como as balas de chupar,
me faziam nos meus 5 ou 6 anos
em 1961 ou 1962..
Os homens tem seus sonhos...
e contemplar flores era algo
que me fazia rir,
era um deslumbramento,
a visão doce das cores...
a beleza, o brilho,
enfim com um toque de inocência.
Hoje às vezes me deslumbro
com meus versos..
ou de outros
ou minhas photos,
num passeio pelo campo,
mas nem por isso desejei..
ou desejo a genialidade.
Viver em Curitiba..
São Paulo..
Rio de Janeiro...
Pelotas,
Porto Alegre..
estive lá,
nos meus tempos de estudante
e nos estudos de Medicina,
mas depois preferi casar,
e ficar no interior.
Vivo o hoje, agora
vivo outros sonhos...
de um cara que chegou aos 50....
casamento ficou lá atrás.
O mundo hoje me fez
e faz mixar..
tudo..
sonhos,
e a realidade da vida..
Viver é melhor assim..melhor que sonhar...
É mais fácil ser alegre que triste...
misturando tudo...
A infância de sonho,
era mais surreal,
do que aquela
em que vivem os meninos
e meninas hoje.
Trata-se, na verdade,
de imaginar...
algo como um conto de fadas...
uma carruagem...
flores.. chafarizes..
Havia mais criatividade
para a surpresa
e encantamento...
sem os recursos midiáticos de hoje.
Não sei se sonhava tanto...
havia mais simplicidade,
mas é isso que levam
as pessoas ao encontro...
de Monet...
de Picasso
e
Salvador Dalí...
etc...
como, certamente,
um dia alguém o desejou,
certo é que não
não foi só meu próprio sonho.
E, naquelas noites de sábado..
assistíamos..
na sala escura, o cinema..
a viver uma aventura irreal,
num tempo outro...
o cinema em Pinheiro Preto.
Outros eram os livros..
que de fato, saímos
da realidade,
da nossa vida do interior
assim,
as vezes em Pinheiro Preto
e Iomerê que,
no entanto,
já não eram as mesmas
quando estive lá ontem,
e há muito tempo
e não são mais hoje,
de quando se olha para meus filhos.
Meus filhos não possuem talvez
a esperteza,
a agressividade,
nem a ingenuidade
de alguns
grandes mitos..
que eu gostaria..
ver inseridos neles..
desejos de genialidade,
em suas mentes...
Provavelmente,
nunca vão tentar ser nada,
mais além da vida,
que tem
e que lhe dá lhe dá sossego.
Só podemos definir
a importância de um sonho
no final de uma década
ou de uma vida.
Todos nós,
ou cada um,
têm bons e péssimos momentos...
na vida...
e nos sonhos,
que estão inseridos nela.
Como a alma tem muitos mistérios,
tenho os meus..
serão sempre meus.
Quem não os tem.
Eu ainda espero me surpreender..
com algo dos meus filhos.
Já vi um dia pintar a minha filha...
com o cabelo de azul e vermelho.
Talvez falte a eles...
algo para se tornar,
um ser maior ou..
não apenas talento..
há que tentar com um pouco...
um pouco de loucura,
de exibicionismo
e
de inspiração...
de arrogância.
Viver no silêncio.
É meu jeito.
Cada um tem o seu.
A genialidade não comporta
a modéstia..
Viver no silêncio...
sem muitos anseios...
é meu jeito..
É meu jeito...
de ontem..de hoje...e por ai vai.
Por isso, talvez nunca me tornei um...
ser expoente...
Sempre na inocência do menino pobre,
fui profundamente um ser fácil
de ser abatido,
ficar imóvel por algum tempo pensativo,
de ficar encobrindo o rosto,
com as mãos,
me sentindo impotente.
Querer chorar
e pedir perdão...
também..
já fui..
Havia um tempo que eu vivi assim...
Ser tomado pela agressividade,
outras vezes tomado
pela ingenuidade,
é algo que inspira alguns grandes..
artistas ou não..
pintores ou não..
fotógrafos ou não..
Não vou tentar enganar ninguém...
Só nós podemos definir
a nossa importância no mundo...
porque nós e só nós,
sabemos de verdade,
qual é a nossa,
o nosso mundo...
de um grande..
de um pequeno..
mundo.
Só nós entendemos melhor nós
e sabemos do melhor de nós.
Todos têm seus modos de ver
o mundo assim...
escrevi ao meu modo.
A vida segue com muitos mistérios,
e só nos resta correr atrás..
dos desejos...
não creio que seja,
para se tornar um mito,
talvez...
um mito de nós apenas...
Se eu consegui ou vou ser,
será apenas..
algo parecido...
é o que eu acho
aqui no meu silêncio..
vendo a foto de painel
da minha filha Isabella...
Words.
Photo.
Rebel.
um delicioso exagero,
é uma certa imodéstia.
Modéstia demais
não combina
com a vida de muitos sonhos....
e imaginação.
Ambição move o mundo.
Primeiro revendo a foto
de minha filha se impôs
à minha imaginação..
ou a criatividade ou algo assim..
Aquela cidade onde viviam
eu
e minha família não
existe mais,
não é o mesmo lugar hoje...
mas só continua
a existir na minha imaginação..
nos meus sonhos.
A época hoje não é a mesma...
Os anos 60, 70, é lá longe....
claro que queria você de volta...
porém, na minha cabeça,
não há a mesma cidade,
as mesmas pessoas,
a de uns e a de outros,
há apenas a minha imaginação..
e meu sonho.
Mesmo porque a vida
é unica de cada um...
mudam os tempos,
de uns para outros...
por razões várias..
até para cada se sentir
num mundo
imaginário,
ou em busca de seus sonhos,
a que eu menino ou já
jovem também aspirava.
A verdade é que a cidade,
que nasci e vivi...
era bem mais real que a de hoje..
Se podemos falar assim,
no bom sentido.
Porque o lugar,
a cidade é a dos sonhos,
nunca é a real,
em que vivemos um dia,
com nossa casa,
nosso carro,
nossos bens, os amigos,
mas
é sim a que nos,
criamos algo só nosso,
e estão dentro de todos nós,
e vivemos nela..
tem sempre um peso
da realidade maior
ou menor,
que o da cidades
que conhecemos hoje.
Os homens
tem suas fantasias..
na vida real..
onde quer que estejam.
Sempre tive as minhas...
desde
que me propus
ou que queria viver tudo...
ou vivo.
Já é pesado demais para esses voos,
ao passado, mas me diverte,
mais me divertia muito...
vivendo e como
sonhava...
O menino sonhava..
Lembro ver a minha primeira foto,
ser tomado por um risinho incontido,
que me provoca sempre olhares
ao rever tal foto..
Há algo de lá..
meio que
atravessado...
na minha garganta,
mas como tudo na vida,
é a contradição entre
o corpo
e o espírito
e os sonhos..
As flores..
As paisagens,
A vida no interior,
na Vila Bressan,
nos anos 60 eram mais belas,
e os bombons eram melhores que os de hoje,
não me dão dor de dente...
como as balas de chupar,
me faziam nos meus 5 ou 6 anos
em 1961 ou 1962..
Os homens tem seus sonhos...
e contemplar flores era algo
que me fazia rir,
era um deslumbramento,
a visão doce das cores...
a beleza, o brilho,
enfim com um toque de inocência.
Hoje às vezes me deslumbro
com meus versos..
ou de outros
ou minhas photos,
num passeio pelo campo,
mas nem por isso desejei..
ou desejo a genialidade.
Viver em Curitiba..
São Paulo..
Rio de Janeiro...
Pelotas,
Porto Alegre..
estive lá,
nos meus tempos de estudante
e nos estudos de Medicina,
mas depois preferi casar,
e ficar no interior.
Vivo o hoje, agora
vivo outros sonhos...
de um cara que chegou aos 50....
casamento ficou lá atrás.
O mundo hoje me fez
e faz mixar..
tudo..
sonhos,
e a realidade da vida..
Viver é melhor assim..melhor que sonhar...
É mais fácil ser alegre que triste...
misturando tudo...
A infância de sonho,
era mais surreal,
do que aquela
em que vivem os meninos
e meninas hoje.
Trata-se, na verdade,
de imaginar...
algo como um conto de fadas...
uma carruagem...
flores.. chafarizes..
Havia mais criatividade
para a surpresa
e encantamento...
sem os recursos midiáticos de hoje.
Não sei se sonhava tanto...
havia mais simplicidade,
mas é isso que levam
as pessoas ao encontro...
de Monet...
de Picasso
e
Salvador Dalí...
etc...
como, certamente,
um dia alguém o desejou,
certo é que não
não foi só meu próprio sonho.
E, naquelas noites de sábado..
assistíamos..
na sala escura, o cinema..
a viver uma aventura irreal,
num tempo outro...
o cinema em Pinheiro Preto.
Outros eram os livros..
que de fato, saímos
da realidade,
da nossa vida do interior
assim,
as vezes em Pinheiro Preto
e Iomerê que,
no entanto,
já não eram as mesmas
quando estive lá ontem,
e há muito tempo
e não são mais hoje,
de quando se olha para meus filhos.
Meus filhos não possuem talvez
a esperteza,
a agressividade,
nem a ingenuidade
de alguns
grandes mitos..
que eu gostaria..
ver inseridos neles..
desejos de genialidade,
em suas mentes...
Provavelmente,
nunca vão tentar ser nada,
mais além da vida,
que tem
e que lhe dá lhe dá sossego.
Só podemos definir
a importância de um sonho
no final de uma década
ou de uma vida.
Todos nós,
ou cada um,
têm bons e péssimos momentos...
na vida...
e nos sonhos,
que estão inseridos nela.
Como a alma tem muitos mistérios,
tenho os meus..
serão sempre meus.
Quem não os tem.
Eu ainda espero me surpreender..
com algo dos meus filhos.
Já vi um dia pintar a minha filha...
com o cabelo de azul e vermelho.
Talvez falte a eles...
algo para se tornar,
um ser maior ou..
não apenas talento..
há que tentar com um pouco...
um pouco de loucura,
de exibicionismo
e
de inspiração...
de arrogância.
Viver no silêncio.
É meu jeito.
Cada um tem o seu.
A genialidade não comporta
a modéstia..
Viver no silêncio...
sem muitos anseios...
é meu jeito..
É meu jeito...
de ontem..de hoje...e por ai vai.
Por isso, talvez nunca me tornei um...
ser expoente...
Sempre na inocência do menino pobre,
fui profundamente um ser fácil
de ser abatido,
ficar imóvel por algum tempo pensativo,
de ficar encobrindo o rosto,
com as mãos,
me sentindo impotente.
Querer chorar
e pedir perdão...
também..
já fui..
Havia um tempo que eu vivi assim...
Ser tomado pela agressividade,
outras vezes tomado
pela ingenuidade,
é algo que inspira alguns grandes..
artistas ou não..
pintores ou não..
fotógrafos ou não..
Não vou tentar enganar ninguém...
Só nós podemos definir
a nossa importância no mundo...
porque nós e só nós,
sabemos de verdade,
qual é a nossa,
o nosso mundo...
de um grande..
de um pequeno..
mundo.
Só nós entendemos melhor nós
e sabemos do melhor de nós.
Todos têm seus modos de ver
o mundo assim...
escrevi ao meu modo.
A vida segue com muitos mistérios,
e só nos resta correr atrás..
dos desejos...
não creio que seja,
para se tornar um mito,
talvez...
um mito de nós apenas...
Se eu consegui ou vou ser,
será apenas..
algo parecido...
é o que eu acho
aqui no meu silêncio..
vendo a foto de painel
da minha filha Isabella...
Words.
Photo.
Rebel.