Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

O Tempo não Para

O ser,
Modesto,
simples,
vive

é 
e
ainda 
continua
muito 
tímido.
Soa 
tudo, como
num banquete,
como uma festa no 
pavilhão  
da Matriz São  
Luiz Gonzaga
cheio de delicias, 
num lugar
chamado Iomerê...
um belo pedaço..
ainda com toda 
poesia em seu entorno.
Assim como 
que
hoje, me sinto como
um
seu filho  que
retorna...
Ando pelas ruas..
vento
e
cores..
flores.
Eu vim 
para cá menino
mais novo que agosto de
1963 
parece 
tão  
distante
tinha 7 anos,
ainda hoje
Iomerê é silenciosa 
e discreta. 
Uma 
cidade 
ainda
rural...
interiorana.
A igreja
linda
em 
frente 
da 
praça.. está ali.




O clube,
onde a
cor
amarela,
ou
de tom amarelado...
onde 
desfilavam
meninas e mulheres
de vestido tubinho.. 
desde
a escada de acesso  íngreme,  
a pista de dança,
as cadeiras de palha
já não existe mais...
..
Florestas, montanhas 
um lindo entardecer 
quase 
todo 
dia 
é de sol..
intactos.
A infância 

minha 
foi
aqui
e foi confortável,
e demais humilde. 
Meu pai,  
açougueiro,
minha na mãe,
dona de casa...
Eu frequentei

a escola chamada,
Grupo escolar 
Frei Evaristo,
Foi onde estudei...
lá até os quinze anos.
Quando estava 
na escola,
da irmã  
Odila 

Otalia 

padre 
De Martini...
um excelente 
aprendizado..
bom,
forte era o
ensino religioso, 
a música..
a literatura,
senti mais tarde 
que usava muito
o lado esquerdo 
e um pouco o
direito
do cérebro, 
acho que 
mais até hoje..
Na infância, 
mostrava 
curiosidades..
leituras solitárias 
da enciclopédia 
universal .
a natureza..
o pôr do sol..
cães 
e gatos..
vendo pessoas, 
seus
movimentos
eram assim
o entorno,
aqui percebi
a
que
nasciam 
e morriam.
Nascer e morrer
eram coisas raras 
a cidade parava,
em cada velorio..
para ver,
Eramos não mais 
ou mais ou menos
mil pessoas.
Morrer e nascer 
eram 
um acontecimento.
Mas o funcionamento 
das coisas...
das pessoas..
eram minha 
observação predileta..
observar, 
olhar atento a tudo
Me fascinava 
descobrir 
cada pôr do sol...
que
nem sempre conseguia... 
estar presente 
e
ver no fim de tarde, 
todas as lindas colinas 
que rodeiam a vila..
Que eu me lembre, 
sempre tive interesse.....
por tudo,
era muito garoto, 
lembro-me 
de ver tudo aquilo,
pessoas na rua,  
roupas modestas, 
até de pés 
descalços algo 
tão comum como  
carroças 
o carro de boi, 
nos jipes willys 
na estrada, 
a rua principal
de chão batido,
em que me
punha as mãos..
no rosto
na testa,
dizia comigo que 
lindo tudo 
aquilo. admirava estático 
o movimento.
Esta era a dinâmica 
com as montanhas 
ao fundo.
Um interesse 
maior veio 
em documentar 
isso..
foi no fim 
dos anos 70,
depois
nos anos 
2006 e 2008..
das belas fotografias 
majestosas 
que me faziam retornar 
ao passado
é  tudo que  
me incentivou 
no interesse por Iomerê,
Passado e presente.
..
Não nasci
aqui
mas 
sou  
filho 
da terra, 
embora 
more aqui 
já por 50 anos..mas
não nasci, 
aqui,
nasci em Tangará...
no ano de 1956,
vivi lá 
pouco mais meus  
avós italianos 
viviam  
na linda 
São Marcos
em Tangará...
Vivi
na Vila Bressan 
do açougue 
e cantina 
e suas colinas
em Pinheiro Preto,
mas fui 
me 
envolvendo 
com meu tempo 
na vila de Iomerê