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terça-feira, 16 de outubro de 2018

1963, Um anjo Que Caiu em Iomerê

Sabemos
que...

...
Há coisas
que algumas
pessoas
nunca
saberão
ou é algo, 

que
não conseguem
entender.
Então
Não
há razão para
dizer estas
coisas a elas.
Mas há
os sensatos,
eles

sabem
ou
conseguem
entender.

Nem todos 
que 
perambulam
por aqui, 

em 
Iomerê, 
estão 
perdidos.
Depois 

de tantos 
anos,
entendo bem

que era 
a cidade,
Respirar o ar,  

ver as montanhas 
admirar
o pôr do sol,
estas coisas,

dão um valor 
um sentido 
a tudo aqui.
Mesmo 

sabendo 
que 
minha presença
é indesejável 
para alguns 
poucos
tolos.
A sensação

que tenho é 
de que 
nem tudo
está perdido..
Ver fotos 

e videos
é uma tentativa 

de 
recuperar 
algo que
perdemos, 
para sempre 
como a pureza 
a ingenuidade.
Às vezes,

sinto 
que pertenço
este lugar, 
numa viagem 
ao passado
que leva 

tanto tempo 
para
chegar, 
às vezes 
me sinto 
com 
o coração leve,
mas não 

posso explicar
porque ando 
por esta 
estrada solitária
viajo para um lugar
que não 

existe mais.
E voltar 
na memória 
é um caminho
longo e longo 
como que
para o céu,
um paraíso
mas 
posso chegar lá.
Você de Iomerê,
habitou 
aqui
em 1963, 
pode se 
sentir um
anjo, 
então
pode 
mandar 
um anjo,
me buscar..
Iomerê 

é isso
que
muitas 
vezes
parece,

um paraíso,
tamanho e intenso
eram tantos
sentimentos
naturais,
puros,
e
bons. 
de quem 
vivia aqui
em 1963.
Ninguém 

podia 
deixar 
de ser 
feliz 
aqui 
em 1963.
As pessoas.
As casas,
Os bares,
A rua de 

chão batido.
o carro de boi,
a charrete 
de cavalos,
o jeep Willys
que não
existem 

mais.
Se encontrares 
a Iomerê
de 1963,
Você nunca 
será capaz 
de deixá-la..
Você sempre 
se sentirá bem
por estar aqui.
Algumas coisas 
foram perdidas
Algumas coisas 
encontradas...
perambulando 
as ruas da saudade,
dá saudade 
de Iomerê, 
1963.
Quando 

era criança, 
era suficiente
uma única 

palavra, 
um sorriso
num dia

sol escaldante,
ou num dia

de raio de um trovão..
Eu era 

inteligente, 
generoso 

honrado,
Tão 
bom 
pensar,
naquela 
tarde,
no grupo escolar,
estava
no primário 
sentia
a paz,
carregada  
amorosamente 
nos braços
da D. Erna,

Irmã Otalia,
dados 
em muitos 
abraços,  
num
ato 
cheiroso 
e suave, 
feito 
um 
ramalhete
de flores...
Meu 
dever 
de matemática 
sempre 
estava
em dia, 
antes do jantar...
Alguns pequenos 
problemas
atormentavam
a vida
das pessoas 
normais
como 
a rua central 
enlameada
outras vezes
esburacada
e o barro tão comum 
nos dias chuvosos,.
E agora sei 
que muito
daqui se foi...
Aprendi
que
mundo estava e 
está 
sempre 
misturado
de
tristeza,
inveja
alegria,
felicidade,
ódio e
raiva,
riqueza,
pobreza, etc.