há que o ser,
que mente,
imperdoável,
sente,
demente,
olhar o que há
o perverso dilui-se
na cidade,
metade,
é flores,
metade é
imagens sem arte
ora outra
há o brilhar do sol,
nas nuvens
Na cama,
invento.
um tempo,
sem vento,
tanto tempo,
outro tempo,
há a tempestade
Bate na porta,
o vento,
no tempo irremediável,
dentro da casa,
ausência de luz,
a sombra, o temporal..
de ontem,
Se fosse possível ver
no escuro
num crepúsculo
dá um arrepio
uma sala vazia
As luzes
parecem vaga-lumes
Tudo inútil..