A vida é um entra e sai....
Nunca até então um homem
como eu imaginara..
Homem e uma mulher...
Dividirem uma cama
ela.. comprometida...
era uma linda esposa.
Estar ali, sempre era algo reprimido,
transgressor,
noutro lado estava quem achava
uma radical mudança..
uma reinvenção da vida..
Imaginava sempre que viveriam
um romance..
ou que se,
ia embora em 15 minutos,
depois...ele dando bananas para a ela.
Àqueles momentos
para quem, é
"amar ou só transar"..
não significava nada..
Havia uma lógica
de cada um..
a que cada um desfrutasse
a seu próprio modo,
e sentisse
o prazer de estar ai..
como
o seu amor carnal...
e este seria o modo correto.
Ele pensou que, se dependesse dela, o encontro seria uma sessões contínua, de algum prazer, uma intimidade além do entrando
e saindo.. quando quisesse.
E por que não,
se nunca se sabe o que é
presente
ou passado,
realidade
ou imaginação..
O imaginário está cheio de significados,
mas não no sentido da lógica do relógio.
Na cama ao som de um hipnótico som de Ravel..
as mãos circulam em todo corpo e cabelos,
pelos orifícios do seu corpo,
como labirintos de se um
corpo transformado em mulher objeto..
Um homem.. que tenta convencer
uma mulher dever tudo de prazer
a um homem na cama..
Um Review, é que eles viveram
um momento único ou um romance
no ano anterior.
Tudo isto diante do tempo dela fixado
no passado, que apenas observa...tudo.
Nada "acontece"...demais..
O homem diante de uma mulher,
os dois são quase imóveis,
perdem muito da excitação,
nenhum gemido e as vozes mudas sobram
e que falam são apenas sombras na parede..
como um teatro...
círculos, as silhuetas projetam sombras..
assim num movimento.
Suponha agora que o romance tenha acontecido,
mas, por causa dele, o marido tenha matado
a amante...deste homem...
Atormentado de culpa,
volta a casa ou castelo um ano
depois e conta incessantemente a história
para si mesmo, tentando alterá-la.
Ou imagina estar fazendo isto.
Talvez não haja ninguém ali, nem ele.
A realidade é sua imaginação..
Bem, esta é só uma das muitas versões.
O fato é que ninguém se atrevia a estar lá no passado...