Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

Rebel

LOOKING IN WINDOW


R.E.B.E.L - Most View- - Week- Top Ten

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O poder de desejar

A arte existe por que a vida apenas não nos basta...
A arte é um sério antídoto contra as certezas.
Sentimos o poder de desejar.
Do desejo 
E nada "foi", 
É tudo ainda é.
Tudo será..
Para conquistar..... 
Continuamos tendo que resistir às tentações instintivas 
que permeiam nossa frágil existência..
Como algo de uma potência extrema, a turbinar a vida.. 
sentir e viver é "acreditar criando".
Mas há outro atalho que resulta em descaminho
persiste entre nós: a ilusão da onipotência, 
caminho e a sensação de perenidade de alguns, 
comum que ilude muitos mortais.
Cuidado com a manipulação emocional da propaganda, 
o uso abusivo de linguagem subliminar 
e imagens arquetípicas, tudo o que lastreia 
as ideologias, o poder atrasa a evolução de um povo.
É na política como exercício da onipotência 
que brota a decisão de eleger "postes" 
e cuidar para que se comportem como postes, 
até que sejam retirados do lugar 
por algum motivo tático ou estratégico
 de quem os colocou. 
É também ilusão de onipotência tratar os cidadãos-sujeitos 
como eleitores-objetos, que tem proprietários e podem ser roubados por pretendentes não autorizados.
Avançamos se sentimos o país como uma potência, carregada com a energia das ideias e sonhos, necessidades e desejos. 
Evoluímos em civilização ao reconhecer nossa existência humana incompleta 
e assim promovemos o diálogo entre os que não tem a ilusão de bastar-se. 
Retrocedemos quando sucumbimos à política 
da impotência ou da onipotência, 
ambas baseadas no poder do povo, 
e ai vem sua substituição por indivíduos 
ou grupos que se julgam editores 
da história e donos da civilização.
Quando a perversão não consegue se disfarçar de virtude, 
dizemos que o rei está nu. 
Os pensadores rebeldes, de Nietzsche a Foucault, desnudaram e expuseram a natureza do poder. 
Os novos meios de comunicação estão ampliando essa consciência de milhares para milhões.
Na Amazônia, quando o caboclo se perde na mata e vê que está sendo atraído por uma jiboia que o faz andar em círculos, apela para o inusitado: veste a roupa pelo avesso. Assim desfaz o encanto hipnótico e encontra o caminho.
Eis o Brasil na esquina do mundo: 
o rei nu, o povo ao avesso. 
Um momento instigante em que 
se pode distinguir os caminhos dos atalhos.