A arte existe por que a vida apenas não nos basta...
A arte é um sério antídoto contra as incertezas.
Sentimos o poder de desejar.
Do desejo
E nada "foi",
É tudo ainda é.
Tudo será..
Para conquistar.....
Continuamos tendo que resistir às tentações instintivas que permeiam nossa frágil existência..
Como algo de uma potência extrema, a turbinar a vida..
sentir e viver é "acreditar criando"..Mas há outro atalho que resulta em descaminho persiste entre nós: a ilusão da onipotência,
caminho e a sensação de perenidade de alguns,
comum que ilude muitos mortais.
Cuidado com a manipulação emocional da propaganda,
o uso abusivo de linguagem subliminar
e imagens arquetípicas, tudo o que lastreia
as ideologias, o poder atrasa a evolução de um povo.
É na política como exercício da onipotência
que brota a decisão de eleger "postes"
e cuidar para que se comportem como postes,
até que sejam retirados do lugar
por algum motivo tático ou estratégico
de quem os colocou.
É também ilusão de onipotência tratar os cidadãos-sujeitos
como eleitores-objetos, que tem proprietários e podem ser roubados por pretendentes não autorizados.
Avançamos se sentimos o país como uma potência, carregada com a energia das ideias e sonhos, necessidades e desejos.
Evoluímos em civilização ao reconhecer nossa existência humana incompleta
e assim promovemos o diálogo entre os que não tem a ilusão de bastar-se.
Retrocedemos quando sucumbimos à política
da impotência ou da onipotência,
ambas baseadas no poder do povo,
e ai vem sua substituição por indivíduos
ou grupos que se julgam editores
da história e donos da civilização.
Quando a perversão não consegue se disfarçar de virtude,
dizemos que o rei está nu.
Os pensadores rebeldes, de Nietzsche a Foucault, desnudaram e expuseram a natureza do poder.
Os novos meios de comunicação estão ampliando essa consciência de milhares para milhões.
Na Amazônia, quando o caboclo se perde na mata e vê que está sendo atraído por uma jiboia que o faz andar em círculos, apela para o inusitado: veste a roupa pelo avesso. Assim desfaz o encanto hipnótico e encontra o caminho.
Eis o Brasil na esquina do mundo:
o rei nu, o povo ao avesso.
Um momento instigante em que
se pode distinguir os caminhos dos atalhos.