nos olhares trocados, 
Há este momento,
que tem  
alguns seres,
tem,
apesar das 
ironias e cansaços...
do tempo e da vida.
Um
Olhar  
que não resiste,
ao encanto.. 
de belos olhos verdes... 
Olhares trocados 
que resistem 
às pequenas guerrilhas 
do tempo 
e 
do 
cotidiano. 
Tudo
por causa dele...
que frequenta nossa 
mente 
os desejos.
Amor,
ou é 
quando é uma paixão
sem compromisso 
marcado.
Não...
é um exagero... 
Também é...
Um dilúvio, 
Uma insanidade, 
Um destempero,
Um despropósito, 
Um descontrole,
Uma necessidade, 
Um desapego.
Talvez tudo isso tenha sentido,
Talvez tenha explicação,
para  esse negócio de amor...
Não sei explicar..
-.-  -.-
Nada perturba 
tanto na vida.. 
lembrar do olhos verdes
assim 
em sonhar, 
com a vida que 
não vivemos...
ou foi isso 
que vivemos  . 
Mas seria injusto 
não vivermos,
como se fosse possível 
ter  sempre na mente..
a menina...
de + 
que vi 
e o menino de 16 
que eu era.
Até porque existe 
alguma beleza 
nas lembranças. 
Porque as lembranças
são a expressão sentida
do que se teve 
e  se perdeu. 
Elas são a  expressão  de 
que algo sobreviveu. 
Num tempo éramos.. 
 Tantos anos depois,
somos
dois sobreviventes. 
Juntos, apesar de  tudo. 
E, por entre as tristezas 
momentâneas, 
havia um sol 
de fim de tarde..
no belo horizonte da Villa,
onde era  possível vislumbrar, 
e até escutar,
sentir, 
a perfeita sintonia 
que começou lá atrás, 
quando todos ainda 
adolescentes,
estupidamente 
livres e felizes.
livres e felizes.
Pedir mais talvez 
fosse pedir
fosse pedir
o impossível. 
Porque, 
no fundo,
no fundo,
no fundo,
no fundo,
quem  deseja 
que a vida
que a vida
seja uma 
adolescência
adolescência
permanente 
nunca deixou
nunca deixou