Rio,
Córrego,
Riacho...
seja lá que for..
No frio, de ontem,
já no fim da estação, antes de chegar a cachoeira,
caminhando no meio da mata,
lembrei
do papel do silêncio
como condição
para reflexão
e criação...
O pensamento é silencioso,
é um diálogo íntimo de cada ser...
sentia isso na mata quase sem som.
No silencio,
pensa-se
mais até chegar na barulhenta
cachoeira,
portanto, pensa-se...
admira-se mais os pássaros,
flores, borboletas
isso.
Isso é uma das causas
da redescoberta
de
práticas
contemplativas
e outros exercícios
que valorizam olhar,
a mata,
o silêncio.
O silêncio promove momentos
de contemplação, inexistentes
na cidade barulhenta.
Ele devolve o tempo
que nos foi
roubado
e nos ensina
a compreender melhor
o mundo....
A mata nativa é uma das rotas
para o silêncio
e a contemplação...
é
aquele momento
de quem ouve
e esquece de si mesmo.
A busca pelo mundo natural
no silêncio
perdido
e na quietude,
assim como o jogo
de sombra e luz
o fotógrafo..
o fotógrafo..
depois
contemplava o rio...
barulhento com suas
barulhento com suas
quedas d'água.