Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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sábado, 29 de abril de 2023

Nature

Agora, 3 da tarde, uma bela da tarde.
O cheiro da primavera
é que vem lá de fora...
Agora,
4 da tarde
no mercado..
frutas cheias de agrotóxico
brilham
na fruteira,
do mercado..
Um dia de calor.
O ar
condicionado
ligado...
tudo fica ameno...
Aqui pequenos fragmentos
do que passa na minha tarde.
Um olhar,
na estrada...
depois de chegar em
casa,
Voltar a intimidade de casa
Tudo
porém é simples.
Móveis
e decoração
de madeira...
Trago comigo,
a imaginação de um pássaro...
um ser no paraíso...

Contando
um causo..
também.
posso
confessar que gosto da
emoção...
dos movimentos,
do encontro,
jogo de luz
e sombra...
Algo assim,
mas sempre é vida
O tempo não apagou
as lembranças,
da memória,
das boas fotos...
dos bons lugares,
da boa vida.

Gosto,
desta certa inocência
num mundo de tanta
devastação
Não há homem
que não admire
de cada planta,
de cada luz..
cada sombra.
A beleza da natureza
cala....
nada mais belo
da natureza
cala os donos do universo,
os donos da grana,
que devastas os jardins humanos.

EM SINTOMA num dia
típico da vida
hoje é o um sentimento de orfandade,
que a natureza
não é um útero, mas caminha
para um deserto.
Mas vejo o espaço da "assinatura de Deus"
Pedras e movimento
Gosto de quedas de água,
somos todos semelhantes...

Uns seres,
discutem tudo,
outros não...
inanimados...
outros nem tanto.
Enfim, no verde..
na água
há um significado...
que nos anima.
Qualquer "voz" ...
minha,
é vinda desse universo
fruto de meu cérebro pensante..
talvez inconformado.
Que tudo é algo necessário para seu desenvolvimento espiritual...
O capitalismo implica virtudes econômicas e contábeis que devem ajudar
resolver além
de sua conta bancária,
suas relações pessoais,
suas decisões existenciais,
suas escolhas profissionais,
enfim, a totalidade da sua vida.
Há certas coisas que nos calam
diante da beleza e da natureza.
Goethe (séculos 18 e 19), dizia
romântico alemão,
em seu maravilhoso romance
Anos de Formação
de Wilhelm Meister",..
Nada mais chato para
um jovem que,
além de sonhar o tempo todo
com sua amada Marianne,
uma atriz,
que na realidade é amante de um burguês,
alimenta projetos teatrais e poéticos.
O jovem Meister
é um exemplo claro
da personalidade artística romântica,
quem tem náuseas diante
das demandas banais de uma vida do dinheiro.
Numa cena memorável, nossos dois jovens conversam sobre uma decisão
tomada pelo jovem Meister.
Depois de sofrer muito com um mundo
onde não há confiança
nem amor verdadeiro,
nosso herói decide queimar todos
os seus "poemas e projetos" e se tornar definitivamente um homem maduro
e seguir os desejos de seu pai.
O jovem Meister diz que "sentiu" que todo o universo lhe mostrou que era hora de mudar.
Uma experiência de "parceira cósmica" lhe mostrara o caminho.
Então, num "acesso de verdade", nosso romântico.
"O universo nada tem a ver com nossas decisões".
E mais:
Pensar que o universo seja "responsável" de algum modo pelo que nos acontece ou por nossas decisões, erra acerca da natureza do universo (mudo), mas fala muito acerca da nossa covardia e da incapacidade de assumir a "solidão desse silêncio",
na qual apenas nós e outros homens e mulheres como nós mesmos
são responsáveis por tudo que nos acontece.
A virtude burguesa por excelência é a capacidade de sermos agentes de nosso sucesso e de nosso fracasso sem responsabilizarmos ninguém nem nada por eles.
Na agonia do jovem Meister era quando,
percebeu que a batalha contra o mundo do dinheiro é uma batalha perdida...
Fora da história...devemos admitir...
Para nós nada nada pode ou será
uma batalha perdida....
nada pode ser do destino.
Fazemos tanto no mundo por algo simples,
por razões que conhecemos,
e muito fazemos,
até por razões desconhecidas.