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sábado, 29 de abril de 2023

Domingo em Videira

O ambulante aciona
sua buzina...
oferece algodão doce...
algo só reservado aos domingos.
Algodão colorido na rua.
Junto com o sol aberto e o azul do céu...
melhoram meu humor.
Até a pouco desejava ficar
na cama, gastar a manhã dominical
no sem-fazer-nada.
Mas o rapaz passou
e fez o barulho e minha filha...
gritou para ele que passara
perto da janela e a buzina
já havia acordado a menina...
então não há como..
14 anos boa idade ainda
para degustar...um algodão doce.

Bem
como
é
dia
de sol.....
aberto...
bom para pedalar, não é pai?
A interrogação é uma bela sutileza
infantil: na verdade,
era apenas uma ordem.
E lá fomos com as bikes..
eu de óculos....escuros....
luvas.
Faz um friozinho para sentir na carne nas peripécias ciclística.
Na barraca dos ciganos,
lá perto do rio manda
a voz de Zezé de Camargo
e Luciano naquela canção
fora de moda:"eu gosto de
rock eles também.
"Achar indecente isso
não mas serve para lembrar
um dia prateado com aquele s
ol e um vento que lhe arde na carne.
Mais frio impossível quando aceleramos..ouvindo o Zezé eta..Brasil, a cigana da barraca ao lado exibe
um grito com terceiras intenções no seu vestido de rendas e o respectivo conteúdo abundante...quer ver a sorte moço...Tudo claro é para esquecer outros..
conteúdos,
que a gente tenta num mergulho de imaginação, lembrar que no mundo
há outros aviões...
bem mais chamativos
em cima do visto nela.
Venci a primeira, a segunda e a terceira barreira do meu pedalar junto aos meus filhos..,
putz insignificante..tudo isso
perto do prazer de estar aqui pedalando..apesar do corpo
senti o friozinho no corpo daquele ventinho...dominical em certo ponto eu continuo me contorcendo na espuma -do Selin...da bike...
Até que das ruas na beira rio,
dos edifícios surge agora uns motoqueiros a jato...fumaceando toda avenida
"Formação bem diferente em curtir o domingo"
segundo os politicamente corretos
não há como reclamar...
é a convivência democrática
dos diferentes.... Mas eu não achei nada legal ver esse pessoal fazendo fumaça na minha cara e ruídos monstruosos e nada achar de diferente isso ou naquilo. Parece mesmo é esquadrilha de avião.
E sai aquela fumaçinha branca
e o barulho é cruel.
Por estranho que pareça, o menina e a menino não têm medo.
Quem tem medo é eu.
Torço que eles sumam na avenida
logo para que haja um caminho livre
para mim, e meus dois filhotes se enfileirando, rumo a ponte,
vamos em frente gente,
o frio
é menor agora as 10 horas..que diabo...
de gente...
Por que fazem essas coisas?
Uma ponte vem a frente na avenida e pedalamos mais forte e atingimos a
rua XV de Novembro,
fico feliz porque é um domingo...
e com meus filhos..curtindo
a cidade na da melhor...