As encruzilhadas na vida
são curiosas, como esta
em Videira.
...
Escrevo das profundezas da alma...
Escrevo das profundezas da alma...
Já vivi e Aprendi muito.
A vida oscila.
Inverno e Verão
Outono e Primavera
Outono e Primavera
Mas sempre gostei da praça Central de Videira em todas estações.
Não há como não passar
ali para sentir pulsar a cidade.
...
O mundo tem suas praças e suas
esquinas, não podemos ser
indiferentes a elas.
Este país, esta cidade,
Este país, esta cidade,
bem descrita não é para
amadores.
Jovens e velhos, de todas
essas gerações,
reconhecem todas
esquinas da praça
esquinas da praça
Nereu Ramos em Videira.
Ando celebrando
Ando celebrando
a primavera, vendo pessoas
onde tudo fica tão sensual,
que a alma aplaude e canta,
então que se cante a praça
cada vez mais alto.
Por isso cruzei a praça onde
cheguei..
ela é um ponto sagrado
ela é um ponto sagrado
da cidade de Videira.
A vida aqui corre devagar com quem sonha ou quem
não é tão sonhador
ou mais realista,
que se tenha então,
ou mais realista,
que se tenha então,
sempre em todos,
um olhar diferente
um olhar diferente
da cidade.
...
Muitos amam este lugar e esta beleza da cidade é isso
mas o que escrevo é algo sincero.
Um olhar com alguma saudade...
até nas fotos antigas..
As flores as árvores estão lá
na praça..
Aqui já foi um lugar que alguém já me chamou pelo
na praça..
Aqui já foi um lugar que alguém já me chamou pelo
nome...
aqui é um lugar que um dia,
um menino correu...pelos canteiros
...
A praça continua,
que bom que
ela não
ela não
desapareceu e ainda tem barulho um brilho forte.
Continuo a divagar,
ao vagar pelos caminhos da cidade por esta terra tão
ao vagar pelos caminhos da cidade por esta terra tão
cheia de colinas outrora cheia de uvas.
Nem todos que perambulam estão perdidos.
Com ou sem saudades,
sempre caminharemos
entre as árvores e flores suas
Com ou sem saudades,
sempre caminharemos
entre as árvores e flores suas
matizes coloridas, folhagens,
da praça até os fins dos tempos,
da praça até os fins dos tempos,
vendo
a lua, vendo o sol.
vendo flores e folhagens.
vendo flores e folhagens.
Quem já não sonhou aqui
vendo a beleza da cidade que não passa ou que passou
vendo a beleza da cidade que não passa ou que passou
como num sonho.
Muitos sonharam
passeando pela praça.
Quandovi a praça
Muitos sonharam
passeando pela praça.
Quandovi a praça
pela primeira vez era o ano de 1963.
Meus olhos azuis lacrimejaram
junto ao meu corpo frágil...
vendo aquelas senhoras
entre minha tias que passeavam
ali nos dias na minha infância,
junto ao meu corpo frágil...
vendo aquelas senhoras
entre minha tias que passeavam
ali nos dias na minha infância,
O sol, as folhas, as flores...
Antigas fotos me tomam,
há ali ainda, as belezas das árvores, das flores
das pedras, dos caminhos
por onde todos passam
ou que passaram desde que estive ali pela primeira vez...
ou que passaram desde que estive ali pela primeira vez...
Já contemplei este lugar tantas vezes e agora há este
sentimento saudosista,
onde as pessoas movem-se,
pessoas vagueiam
nos misteriosos caminhos
outros, belos caminhos
outros, belos caminhos
onde o olhar do homem
descobre tudo
novamente lembrando
novamente lembrando
até dos que se foram...
O homem que muitas vezes
de novo caminha aqui...
só resta lembrar
quando passa por ali..
só resta lembrar
quando passa por ali..
E você conhece a praça
até ao fundo...
Mas como seria,
este texto sem que não fosse
só meu desejo de redescobrir
e rever este lugar.
e rever este lugar.
A praça central de Videira é que
continua bela.
Quantos ainda passarão por
estas esquinas..