os homens supõem comumente que todas as coisas da natureza agem como eles mesmos, em consideração de um fim, e até chegam a ter por certo que o próprio Deus dirige todas as coisas para determinado fim (Spinoza)
Tal crença é fortalecida pelo fato de encontrarem na natureza interna e externa elementos que suprem todas as suas necessidades, pois ela lhes dá “olhos para ver, dentes para mastigar, vegetais e animais para alimentação, sol para iluminar, mar para o sustento de peixes . As coisas nada mais são do que meios para eles atingirem seus fins. Mas quem tornou disponíveis tais coisas para o desfrute dos homens? Estes concluem que foi alguma inteligência superior, ou seja, Deus.
Por não terem ideia de como seria esse tal ser, usam a si mesmos como fonte de inspiração, construindo-o à sua própria imagem. Seguindo esse raciocínio, cabe aos homens um lugar de honra no topo da escala criada por esse ser superior; afinal, somos os “escolhidos” por Ele. Se de fato a natureza é o manancial das dádivas aos homens, se ela existe única e simplesmente para supri-los, que papel teriam os fenômenos nocivos aos homens, como doenças, terremotos, ciclones? Seriam manifestações da ira divina... Mas como explicar o fato de tais castigos serem dirigidos, sem distinção, tanto aos fiéis como aos céticos? A justificativa encontrada para tais questões está no fato de certas coisas.No século XX, quando nasci as pessoas buscavam muito mais a salvação divina. Hoje talvez buscam muito mais em ser ser ricos e famosos...
Mudam os tempos,
mudam as pessoas.
Talvez hoje sem fé
as pessoas não consigam
enxergar o que realmente
querem da vida...