Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

God

Spinoza define substância como aquilo que “existe sem necessidade de outro para existir”, de modo que apenas um elemento se encaixa em tal definição: Deus, uma vez que Ele é causa de si e existe em si mesmo. Em Spinoza*Deus e natureza são idênticos. A natureza e tudo mais que possa existir é apenas modificação dessa substância una: “Deus sive Natura” (Deus, isto é, natureza). Ele está presente em tudo que foi criado. Em Deus, e somente Nele, existência e essência coincidem. Deus é a causa última de tudo e tudo que existe está Nele e foi por Ele concebido. Daí não há sentido falar de perfeição moral divina em Spinoza,para o filósofo, os homens tendem a pensar que tanto eles como a natureza existem com vistas a um objetivo:
os homens supõem comumente que todas as coisas da natureza agem como eles mesmos, em consideração de um fim, e até chegam a ter por certo que o próprio Deus dirige todas as coisas para determinado fim (Spinoza)
Tal crença é fortalecida pelo fato de encontrarem na natureza interna e externa elementos que suprem todas as suas necessidades, pois ela lhes dá “olhos para ver, dentes para mastigar, vegetais e animais para alimentação, sol para iluminar, mar para o sustento de peixes . As coisas nada mais são do que meios para eles atingirem seus fins. Mas quem tornou disponíveis tais coisas para o desfrute dos homens? Estes concluem que foi alguma inteligência superior, ou seja, Deus.
Por não terem ideia de como seria esse tal ser, usam a si mesmos como fonte de inspiração, construindo-o à sua própria imagem. Seguindo esse raciocínio, cabe aos homens um lugar de honra no topo da escala criada por esse ser superior; afinal, somos os “escolhidos” por Ele. Se de fato a natureza é o manancial das dádivas aos homens, se ela existe única e simplesmente para supri-los, que papel teriam os fenômenos nocivos aos homens, como doenças, terremotos, ciclones? Seriam manifestações da ira divina... Mas como explicar o fato de tais castigos serem dirigidos, sem distinção, tanto aos fiéis como aos céticos? A justificativa encontrada para tais questões está no fato de certas coisas.No século XX, quando nasci as pessoas buscavam muito mais a salvação divina. Hoje talvez buscam muito mais em ser ser ricos e famosos...
Mudam os tempos, 
mudam as pessoas. 
Talvez hoje sem fé
as pessoas não consigam 
enxergar o que realmente 
querem da vida...