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segunda-feira, 13 de maio de 2024

On Farm

...
Junto 
à cerca de arame,
Ouvia o berro dos bois...
e o som do rio.
Chegando na fazenda,
já ouvia, os causos,
na voz alta, dos peões,
junto ao fogo de chão. 
Excepcional, 
esse dia, tem de sol, 
até carne de boi, 
assando no fogo 
de chão...tem o peão
além do gado,
que vai, pastando 
campo afora,
depois de aberto a porta 
do curral no alto, 
tem o cheiro 
de baixeiro 
do cavalo 
na  cabana da fazenda...

Lembro 
o tempo,
no tempo 
lá no ano 70,
Já cedo partia 
com a boiada, 
rumando 
a balança,
pesando logo 
cedo o gado... 
depois 
em direção 
do portão..
no mata burro.
...
Um olhar,
o desejo..
ao sair na estrada...
depois 

de ver 
uma vaca 
correndo,
como que 
se transformasse 
em
inoportuno sair,
na retirada da fazenda.
Voltar a intimidade 
de  
casa 
do capataz, 
o próprio,
na casa grande 
porém simples. 
Aqui, misturo tudo,
trago consigo 
o passado, 
na forma 
de vivências afetivas 
e de experiências  
do viajante hoje.
Contando 
os causos..
do tempo, 
que tropeava
o gado na estrada..
Anos 60 para cá, 
usando toda memória,
recursos 
de volta no tempo,
De
Iomerê 
de onde vinha,
até o campo,
vem a mente. 
Confesso que a parte  
da história vem 
mirar-me no 
espelho 
do meu tempo,
foi o que mais me interessou...
O vento,
o frio se parar,
o ar
tão leve
na vida breve
um momento de sonho
logo,
É noite
Passando, passando, 
mais um dia,
um dia aqui.
Montanhas,
no horizonte,
de Iomerê..
Vislumbrar na 
partida, tropeando o gado,
já no amanhecer 
do dia, 
olhava o céu azul, 
onde me movia no
no mundo,
Calça  botas de couro,
logo cedo
olhava meus pés bem 
no chão,
o par de botas e esporas,
é o mesmo chão,
por onde,
ando ainda ando 
atrás do meus sonhos.
Toda história é uma
versão...é ficção também,
ficção nisso
também..
De cada planta,
de cada luz...
da 
cerca de arame,
cada 
pau
até 
a porteira.
Aqui tudo vira poesia.