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quarta-feira, 20 de março de 2024

Days of love

Dias de amor...poderia ser assim.
A chama nunca morre porque o amor nunca acaba, é eterno até que dure.
Eu amo o sol por dias, a lua por noites e você para sempre.
Eu nunca amei, até te conhecer.
Existe uma grande diferença entre gostar e amar.
Não apenas o ame, mas mostre amor pois a vida sem amor assim amrga.
Seu coração e o meu são para sempre um.
Você sabe que é amor quando diz, amo para sempre não é suficiente.
Se você me ama como eu te amo, nada além da morte pode nos separar.
O amor não precisa de mapa, pois pode encontrar o caminho com os olhos vendados.
Você precisa de confiança para amar, mas primeiro você precisa amar.
Uma intimidade, o beijo,
Um abraço maior como é um amasso.
Em "Flores Raras" sobre a poeta Elizabeth Bishop, e a arquiteta Lota de Macedo Soares..o filme.
Um romance de 15 anos vivido pelas duas intelectuais no Brasil antes do fim trágico da relação.
O cenário é magnífico, uma casa projetada por Niemeyer, cercada por jardins de Burle Marx (1909-1994), na região serrana do Rio, num dia de sol. O ano é 1952, e há uma festa em curso.
A aniversariante, a poeta americana Elizabeth Bishop (1911-1979), é saudada por pessoas ou personalidades como o governador Carlos Lacerda (1914-1977) e a arquiteta Lota de Macedo Soares (1910-1967), criadora do Aterro do Flamengo e dona da casa. Instada a discursar, Lotta diz: Um brinde à rocha que escora essa casa e a tudo que parece improvável, mas não impossível.
Improvável, mas não impossível: eis uma boa descrição para a história que se desenrola a partir dessa cena, que alguém ouviu e ser reproduzida em "Flores Raras", num filme.
É a história do romance de 15 anos entre Bishop e Soares, duas figuras de personalidades opostas que se apaixonaram e viveram juntas os melhores anos de suas vidas, tanto emocional quanto profissionalmente, antes de uma separação de contornos trágicos, com a poeta voltando ao alcoolismo (e aos EUA) e a arquiteta se matando.
Demorei muito para descobrir o ângulo desse romance, logo imaginei alguém encenando o solo "Um Porto para Elizabeth Bishop"...Aí comecei a perceber a dinâmica das duas. A Bishop era a perdedora, a fraca, alcoólatra. A Lota era o oposto, poderosa, sabia o que queria, era uma vencedora. Mas a fraca sabia lidar com as perdas, e a forte, não. Isso acabou levando-a ao suicídio."
Esclareço que não é "mais um livro sobre artistas torturados. Acho esse tipo de historia muito chata. Se pode ler no livro e ver no filme 'Flores Raras' a poesia e a complexidade e a emoção e a escala épica de 'Entre Dois Amores' num filme com o qual todos possam se relacionar, não precisa ser gay ou mulher, Lota era a mantenedora das coisas, era receptiva, generosa e podia ser um trator em certas ocasiões, mas era uma mulher extremamente refinada.
Sim é bom  de destacar a identificação com o jeito introvertido de sua personagem, ressalta a importância da temporada brasileira de Bishop. Ela não tinha raízes, era uma pessoa que flutuava, e a vinda para o Brasil foi algo que lhe deu conforto pela primeira vez, não só por causa da Lota, mas pelo próprio país. Ela vinha de uma sociedade mais fria e chega a um lugar onde as pessoas são muito quentes, físicas.
No que tange à parte física do relacionamento, o diretor diz que não fez do homossexualismo "uma questão"; tampouco quis "ser pudico". Haverá uma cena de sexo que é "esteticamente refinada, nada apelativa". 
Sempre no filme é, com homem ou com mulher. Mas eu ouvi da atriz do filme, dizer,  já criamos uma intimidade, está sendo ótimo ver contracenar. Já fizemos cenas de beijo, de amasso etc.