Sei.
ainda
temos
que
buscar
novas utopias...
era uma vez...
o comunismo,
o socialismo.
Mas é
lembrar que
nem toda
felicidade
está
representada
no comprar...
Penso logo
existo,
então
sou livre
devo pensar
para
comprar.
Que
comprar
trás felicidade
mas menos, também
como
uma
utopia...
Vendo as pessoas
na cidade...
imaginava que
muitos
de nós
desconhecemos
outras
formas de prazer.
Criamos
ciência,
conforto,
técnica,
direitos
humanos
sem o uso de dinheiro.
Voltamos
ao consumo...
como nicho de prazer.
O
consumo garante
nossa sobrevivência
numa
economia
num nível exigido pelo
nosso desejo
de
conforto,
ciência,
técnica,
direitos
humanos.
Para tudo funcionar
comprar é preciso.
Comprar,
gera impostos,
dinamiza toda economia.
Consumir
sempre,
cada vez mais...
talvez
eternamente.
O consumo desenfreado
mesmo,
que depois
dê
um certo mal estar,
para pagar,
só alguém sem alma
pode ver tudo isso
num fim de semana
e não ter um certo
mal-estar com relação à
sociedade de consumo.
Se você não sente
mal estar comprando,
é por que sua saúde mental
não está bem
nos dias de hoje.
A sociedade que consome
que consome sem
um mínimo de mal-estar
é
uma sociedade
de doentes mentais.
Melhor abrirmos mão
da ideia de utopia.
Quanto mais rápido
desistirmos de um mundo
melhor, mais rápido
perceberemos
que a consciência,
de fato, é um ônus.
E também, como
dizia Yeats,
Os melhores não
têm
convicções
enquanto que os
piores estão
sempre cheios
de intensidade
passional.
O desafio hoje
é pensar
que um dia
é sem utopias.