Não é que
goste demais
Tenho
na palavra amor.
um gosto,
longe passa
algo diferente de
ternura, afeto e carinho.
Mas amar,
sem travas,
é complicado,
mas é o que
todo mundo
faz...
Que dá sentido.
O amor,
Perfeito
Amor,
Sonhado,
tocado
desperdiçado,
dado
sumido,
retorna estridente,
ou
some
sem dó
nem piedade,
Mas há
camélias.
margaridas,
lírios
e rosas
na vasta flora,
que cruza
meu caminho.
Cores e flores.
Novas flores,
novos perfumes,
outras belezas,
muitas vezes
não tão
comuns
ao convívio,
que
brotam na natureza ..
A vida por ai é
muitas vezes,
seca,
amarga,
cheia
de moralismos,
moldados...
que fecham
nossos olhos
das pessoas..
que não enxergam nada,
nada,
além do lustroso
e perfeitinho..
das coisas ideais
do consumismo..
há além disso,
sempre
cheiro,
flores
que enfeitam
nossos
jardins..
Nas Flores,
se exageram
pelo excesso,
outras
pela falta,
desfrutamos
sempre
do perfume.
Alguns
pecam,
inclusive,
depois
as jogam
fora,
como
sem
serventia
nenhuma
tivessem,
agindo
como um
beija –flor, que
sagaz e ligeiro,
colhe o néctar
de um sem fim
de variedades,
assim alimenta
com vigor seu,
bater
de asas
pairando no ar.
Ser descartável,
no consumismo,
de
difícil domesticação,
é como
um passarinho
que raramente
se consegue
aprisionar..
na humanas mãos.
Hoje
esta assim,
qualquer nexo
comportamental
nunca
é mera coincidência.
Nesse ínterim,
pergunto
qual é o estágio,
que estamos
onde estaria
os meus sentimentos,
conflitos íntimos,
a luta infinita do sim
e do não,
dos “por quês”,
dos “poréns”,
na extensa lista
de prós
e contras,
na
elegância dos excessos,
das ausências.
Será que
existirá
ainda
o amar,
o sentir
borboletas..
sem contar
horas
passam
depressa,
diminuem
distâncias
nas pessoa,
que gostarias
de estar ao lado...
Não sei.
Seja qual for a
flor, prefiro...
o amor,
da flor,
sem-pudor,
sem-vergonha,
e de preferência...
sem coisa nenhuma.
Quisera senti-la sempre
neste perfume de cravo,
com este carinho
de menina,
desta simpatia
de adolescente...
neste sentimento
de amante..
dum olhar sonhador,
neste sorriso maroto...